sábado, 3 de dezembro de 2011

Dilma e Lupi: parece que a questão é saber quem tem a bala maior…

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O caso do ministro Carlos Lupi, do Trabalho, começa a jogar sobre o governo Dilma a sombra do ridículo, do patético. A Soberana tem sido, nestes quase 12 meses, bastante poupada de si mesma e de suas escolhas por boa parte da imprensa. Como se dá de barato que o chamado “presidencialismo de coalizão” conduz o governante a fazer, muitas vezes, coisas de que não gosta, então se entende que Dilma “herdou” uma gestão cheia de problemas e foi corrigindo as distorções ao longo do tempo.
Trata-se uma leitura certamente generosa, bondosa mesmo! Dilma tem, sim, de governar com os partidos, mas era forte o bastante para, se quisesse, ter operado algumas trocas já na largada. Que Carlos Lupi nunca foi, assim, de uma ortodoxa moralidade, até os vastos gramados de Brasília sabiam. No entanto, ela decidiu ficar com ele. O homem nunca lhe foi estranho. Foi seu correligionário de PDT e companheiro de ministério quando ela era a gerentona. Dilma o escolheu porque quis, e assim foi com os cinco outros demitidos em meio a acusações de lambança: Antonio Palocci, Alfredo Nascimento, Pedro Novais, Wagner Rossi e Orlando Silva.
Desta vez, Dilma decidiu resistir, e o Planalto conseguiu emprenhar boa parte do jornalismo político pelo ouvido. Tudo faria parte de uma grande estratégia para tirar o PDT na reforma ministerial. Substituir Lupi agora corresponderia a deixar o ministério nas mãos do partido, que indicaria o substituto. A desculpa me parece um tanto ridícula. Se a presidente quiser o apoio do PDT, terá de lhe dar um ministério — o do Trabalho ou outro. É claro que essa pasta é do especial agrado dos pedetistas por causa da Força Sindical, do deputado “Paulinho da Força” (SP), presidente da central.
Sim, Dilma gostaria de se ver livre de Lupi. Mas não há motivos para deixar de constatar o óbvio: ela ainda não o demitiu não porque não queira, mas porque não pode. Dessa forma, o homem não aceita! E deve ter bons motivos para impor a sua vontade e ainda fazer o governo cobrar explicações da… Comissão de Ética! É ridículo! O grupo nada mais fez do que expressar a perplexidade de toda gente. Até agora, lembrou a comissão, não se sabe nem quem pagou o tal jatinho em que o ministro viajara em companhia de um empresário que jurou não conhecer.
A cada dia, aquela fala agressiva de Lupi de que só sairia a bala e de que teria de ser uma “bala bem grande” porque ele é “pesadão” vai se mostrando menos bravata do que parecia. Os outros cinco ministros, vamos convir, caíram com muito menos evidências do que as que há contra o pedetista. Por que o tratamento com ele é diferente? Algumas pessoas que circulam na periferia da presidente sugerem que ela decidiu que a “imprensa não demitiria mais” mais ministros seus. Imprensa? O jornalismo nem contrata nem dispensa os auxiliares de Dilma. Ela é a responsável pela recondução de Lupi ao cargo e por sua permanência. A imprensa apenas noticia o que sabe. Se os fatos não ajudam a desenhar um perfil virtuoso do ministro do Trabalho, fazer o quê? Paciência!
Dilma bravinha
Os assessores palacianos da presidente que lidam com a imprensa mandaram espalhar que ela ficou chateada porque a Comissão de Ética vazou o seu parecer antes de falar com ela. Queria o quê? Trata-se de uma “Comissão de Ética Pública”, não de assessoramento privado da cidadã Dilma Rousseff. A mandatária, consta, quer que a comissão dê algumas explicações. Que parte da lambança de Lupi Dilma não entendeu até agora?
Escrevi ontem sobre a Lei da Ficha Limpa, e alguns leitores, não sei se “luperinos”, perguntam-me por que acho que a presunção de inocência não vale também para o ministro. Quem disse? Não estou pedindo que ele seja imediatamente enviado à cadeia por conta das acusações que há contra ele. Acho que ele tem de ser demitido de um cargo político, de confiança; é coisa completamente diferente. Não me parece que possa ser ministro de estado alguém que, de modo deliberado, conta uma inverdade numa comissão da Câmara, evidenciada depois por fotos, vídeos, testemunhos. Daria até para colher as impressões digitais do ministro no tal avião.
O governo Dilma não será caracterizado por grandes êxitos na economia — a maré não é das melhores — nem por sua operosidade. As denúncias de malversação de recursos públicos nas obras da Copa começam a tomar volume. Que sinal Dilma está emitindo?  Não há estratégia política que justifique a leniência com Lupi. O que vai ficando claro é que ele só sai se e quando quiser.
Parece que, de fato, a bala para derrubá-lo tem de ser muito grande, maior ao menos do que a bala que ele pode ter para disparar contra o governo.
Por Reinaldo Azevedo

DENÚNCIA GRAVE: EXTREMISTAS DE ESQUERDA DA USP ACUSAM INTEGRANTE DA CHAPA “REAÇÃO”, AQUELA DOS ESTUDANTES QUE ESTUDAM, DE FREQÜENTAR LIVRARIAS!!!


Espalhem este post. Enviem-no, muito especialmente, a estudantes da USP!
Reinaldo Azevedo - Veja

O quê?
Vocês acham que me esqueci dos dinossauros e os pterodáctilos que enchem o saco dos estudantes que querem estudar da USP e das universidades públicas? Não mesmo!!! Até porque eles são loucos por mim! Eu lhes ofereço, ao menos, a chance de ter uma causa.
Os estudantes que estudam já venceram na UnB!
Os estudantes que estudam já venceram na UFMG!
Os estudantes que estudam — a chapa “REAÇÃO” — teriam vencido na USP não fosse o golpe desfechado pelas esquerdas unidas, incluindo os petistas de Fernando Gugu Dadá Haddad.
Muito bem! As tendências que compõem o comando de greve na universidade — UMA GREVE QUE NÃO EXISTE!!! — editam um jornaleco xexelento. Uma remelenta lá escreve um texto contra mim. Sei lá por quê, me chama de “Renato Azevedo”. Deve ser medo de processo. Ela também aproveita para falar mal da VEJA. Entendo a alma da coitada. Um revista que publica reportagens que resultam na queda de cinco ministros — o sexto está indo… — não pode servir mesmo de referência para essa gente. Ou bem se está com a moralidade pública ou bem se está contra a VEJA! Se essa moça estivesse com a moralidade pública, não estaria defendendo a invasão de um patrimônio do povo paulista por meia-dúzia de extremistas.
Ela usa como referência um único texto meu — e escrevi dezenas, talvez centenas — em que ironizo o estilo dos “revolucionários do sucrilho e do toddynho”. Parecem todos caídos do caminhão de mudança de Woodstock… Não exalassem outros odores, cheirariam a naftalina ideológica. A remelenta dá a entender que a minha única restrição a eles é essa. Não é, não!
- Repudio também sua ignorância;
- repudio também seu autoritarismo;
- repudio também seu ódio à democracia;
- repudio também seu atraso mental.
A roupa, ô remelenta, é o de menos! Ela só entra, assim, como um elemento a compor um perfil. A dita-cuja seria estudante de Letras. Imagino a sua sensibilidade para a literatura, para ler Proust, por exemplo, e seu apego à descrição…
O jornaleco também resolveu fazer o que deve considerar uma grave denúncia. Publicou esta foto.
usp-jose-oswaldo-e-reinaldo-azevedoEste senhor de chapéu aí sou eu. O rapaz que está ao lado é José Oswaldo Neto, que integra a chapa “Reação”. Estamos numa livraria, no lançamento de um dos meus livros, “O País dos Petralhas”. Essa foto, junto com outras centenas, está no site da Editora Record. Eu nem sabia que José Oswaldo tinha ido. Simpatizei mais com ele agora, hehe…
Atenção, alunos da USP! José Oswaldo, da chapa Reação, não freqüenta boca de fumo. Prefere freqüentar livrarias. Isso é realmente muito grave para um estudante! Passem adiante essa denúncia.
Atenção, alunos da USP! José Oswaldo, da chapa Reação, não consome maconha. Prefere consumir livros. Isso é realmente muito grave para um estudante! Passem adiante essa denúncia.
Atenção, alunos da USP! José Oswaldo, da chapa Reação, não depreda a universidade. Prefere preservá-la. Isso realmente é muito grave para um estudante! Passem adiante essa denúncia.
Uma pena a remelenta não ter uma foto minha mais recente. À época, eu andava de chapéu para proteger o cocuruto porque as cirurgias que fiz na cabeça eram ainda recentes. Agora estou quase cabeludo (nem tanto!) e, deixem-me ver, uns 30 quilos a menos. O resto não mudou. Eu também continuo a freqüentar livrarias, não bocas de fumo. Eu também continuo a consumir livros, não maconha. Eu também continuo a defender a preservação da USP, não a sua depredação.
A moça dá mostras de reprovar a nossa, digamos assim, estética. Entendo. O mesmo jornaleco traz uma foto do que eles chamam por lá “presos políticos” em frente à delegacia. Com efeito, há uma diferença de estilos!
usp-estudantes-de-porta-de-delegacia

Comissão de Ética da Presidência recomenda exoneração de Lupi

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A Comissão de Ética Pública da Presidência da República recomendou, por unanimidade, nesta quarta-feira (1º) à presidente Dilma Rousseff a exoneração do ministro do Trabalho, Carlos Lupi.

O grupo decidiu ainda aplicar uma "advertência ética" ao ministro. A advertência se aplica quando o servidor ainda está no cargo - quando já deixou o cargo, é "censura ética" - mas não tem efeito prático. Representa uma "mancha" no currículo do advertido.
A assessoria do Ministério do Trabalho informou que o ministro não irá se manifestar enquanto não tomar conhecimento do inteiro teor da decisão da comissão.
Segundo o presidente da comissão, Sepúlveda Pertence, as explicações dadas por Lupi às denúncias apresentadas na imprensa no último mês foram "insatisfatórias".
Pertence disse que "nenhum fato em especial" motivou a decisão da comissão. "Ele apresentou a sua defesa e a comissão entendeu que ele não tinha se explicado sobre toda a base das acusações", disse.
Por meio de nota, a comissão declarou que o caso de Lupi "trata-se de suposto desvio ético" revelado em reportagens na imprensa.
Segundo o colegiado, essas denúncias "apontam irregularidades em convênio e cobrança de propina no MTE".
A nota segue dizendo que o colegiado "deliberou pela aplicação de advertência [...] e sugestão de exoneração dirigida à Presidenta da República".
A comissão abriu no dia 7 de outubro um procedimento em que pede esclarecimentos ao ministro sobre as denúncias. Lupi teve dez dias, desde a data em que for notificado, para se explicar.
Lupi é alvo de denúncias pelo uso supostamente irregular de um avião particular cujo aluguel teria sido pago por um dirigente de ONG que mantém contrato com o ministério.
Antes dessa denúncia, o ministro já respondia a acusações sobre a existência de um esquema de arrecadação de propinas junto a ONGs que mantêm convênios com a pasta. Os recursos obtidos seriam supostamente usados para abastecer o caixa do PDT.
Segunda vez
Esta é a segunda vez que a Comissão de Ética Pública recomenda a exoneração de Carlos Lupi do cargo.
Em 2007, o colegiado pediu a saída do ministro – que já estava à frente do Trabalho - ao então presidente Luiz Inácio Lula da Silva por considerar incompatível o acúmulo da função de ministro de Estado com a de presidente nacional de um partido político.
Lupi presidia o PDT na época. Após a decisão da Comissão, Lupi decidiu deixar o comando da legenda.
Priscilla Mendes - G1 Brasília

Ronaldo aceita convite o Comitê da Copa de 2014

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Ronaldo será o novo homem forte do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014 (COL). O Fenômeno aceitou o convite de Ricardo Teixeira na noite de segunda-feira e vai repetir os feitos do francês Michel Platini e do alemão Franz Beckenbauer, que comandaram a organização do Mundial em 1998 e 2006.
O ex-camisa 9 se reunirá com Teixeira na quarta para finalizar os detalhes e será anunciado oficialmente na quinta. Uma entrevista coletiva já está sendo marcada em um hotel da Zona Sul do Rio de Janeiro, às 11h (de Brasília), e o nome do cargo do Fenômeno será revelado.
homenagem ronaldo ricardo teixeira brasil (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Ronaldo e Teixeira em evento da CBF: troca de poder no COL  (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Na segunda, outros campeões mundiais aprovaram o nome de Ronaldo como presidente do COL, depois que a notícia do convite de Teixeira ao Fenômeno ter sido publicada pelo jornal "O Globo". Para o ex-lateral-direito Cafu, companheiro do ex-camisa 9 na conquista do penta em 2002, o maior artilheiro das Copas está preparado para a função:
- Aprovo e acho que ele pode fazer um bom trabalho. Há tanta gente que preside algo ligado ao esporte sem ter sido atleta ou sem entender muito. Ronaldo tem a empresa dele, então já tem a prática na administração. O comando, ele pega com o tempo - disse Cafu.

Zagallo, técnico de Ronaldo na Copa do Mundo de 1998, também concordou com a escolha:
- A experiência, ele já tem. E acho que tem condições, sim, de ser um bom executivo - afirmou.
Segundo o jornal "O Globo" de sábado, a iniciativa de Teixeira se deu por conta das acusações que tem sofrido nos últimos meses. Nos últimos meses, o presidente da CBF ganhou mais um desafeto e isso pode pesar na sua continuidade no Comitê Organizador Local. Após apoiar o qatari Mohammed bin Hamman nas eleições da Fifa, o atual presidente da entidade máxima do futebol, Joseph Blatter, tem trabalhado para tirar o brasileiro do Comitê Executivo e do COL. Segundo o diário, o caso foi tratado como traição pelo dirigente suíço, já que Teixeira foi o principal articulador para a escolha do Qatar como sede em 2022.
Antes de Ronaldo aceitar o cargo, o mandatário da CBF havia convidado Henrique Meirelles, mas o ex-presidente do Banco Central acabou recusando. De acordo com "O Globo", o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke levou uma mensagem de Blatter até a presidente Dilma Rousseff pedindo pela escolha de um novo presidente para o Comitê Organizador da Copa do Mundo. Porém, a governante preferiu deixar a iniciativa para a entidade máxima do futebol.
No último sábado, o vereador Marcelo Mendes (PTC-CE) postou em seu Twitter que o senador Álvaro Dias teria recebido uma ligação confirmando a saída de Teixeira. O político do PSDB-PR não confirmou a informação, mas postou na rede social que a indicação de Ronaldo Fenômeno para o Comitê Organizador era mera especulação.
Eduardo Peixoto e Márcio Iannacca - GE

Facebook faz acordo em caso de privacidade nos Estados Unidos

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A rede social Facebook resolveu fazer um acordo e mudar algumas de suas práticas de privacidade diante das acusações da Federal Trade Commission (FTC) nos Estados Unidos, segundo informações da própria entidade. Um processo na FTC acusava o Facebook de ter enganado os consumidores quanto à privacidade de seus dados.
De acordo com as acusações, o Facebook disse aos seus usuários que poderia manter suas informações privadas, mas repetidamente permitiu que elas fossem compartilhadas e tornadas públicas. Reclamações sobre as práticas de privacidade do Facebook foram feitas para a FTC pelo Centro de Privacidade da Privacidade Eletrônica dos Estados Unidos e por grupos de consumidores, afirma a organização.
Com o acordo, o Facebook passa a ter que tomar novas medidas para manter a promessa de que pode manter os dados privados.
Agora, a rede social terá, por exemplo, que obter a autorização do usuário para quando sua informação for compartilhada além do que ele havia estabelecido. Além disso, será preciso que uma empresa independente faça avaliações independentes e periódicas das práticas da privacidade da companhia.
“O Facebook é obrigado a manter as promessas que faz sobre privacidade”, disse Jon Leibowitz, presidente da FTC. “A inovação do Facebook não tem que vir às custas da privacidade do usuário.” A acusação do FTC traz uma lista de exemplos em que o Facebook não teria cumprido sua promessa de privacidade aos usuários.
Zuckerberg
No blog oficial do Facebook, Mark Zuckerberg, CEO da empresa, diz ser o "primeiro a admitir" que a companhia cometeu erros ao lidar com a privacidade dos usuários. Acho que até cometemos um pequeno número de grandes erros, como quando fizemos a transição do modelo de privacidade há dois anos. Isso colocou na sombra muitas das coisas boas que temos feito”, afirmou o executivo-chefe da rede social.

Além das medidas impostas pela comissão, Zuckerberg anunciou a criação de dois outros cargos executivos para lidar com o assunto.
G1-SP

Dilma deveria ser 'mais radical em faxina política', diz 'Economist'

Reportagem sobre Dilma Rousseff no site da revista 'Economist' (Foto: Reprodução)Reportagem sobre Dilma Rousseff no site da
revista 'Economist' (Foto: Reprodução)
A presidente Dilma Rousseff teria capital político para ser "mais radical em sua faxina política", opinou a revista "Economist" em reportagem publicada nesta quinta-feira (24), que começa descrevendo o "conhecido roteiro" de queda de ministros no governo brasileiro: alegações de corrupção, negações, novas provas, demissão.
"Agora, Carlos Lupi, o ministro dos Transportes, parece ser o próximo a sair", diz a revista.
Para a "Economist", porém, a faxina ministerial, ainda que conte com aprovação popular, "meramente toca na superfície de um problema com raízes na forma como a política se desenvolveu no Brasil", citando a troca de cargos executivos por apoio legislativo, com o objetivo de conseguir a aprovação de projetos.
Em entrevista à publicação, Sylvio Costa, do site Congresso Em Foco, diz que o Brasil tem "uma presidente forte que não consegue fazer nada sem o apoio do Congresso. E esse apoio tem que ser comprado".
Agenda política

"(Dilma) deu poucos sinais de que está interessada em fazer mudanças radicais nesse sistema político de patronagem", afirma a reportagem da "Economist". "É mais possível que ela simplesmente continue a mandar embora (os ministros) mais pecadores quando (denúncias) chegarem ao seu conhecimento."

Na opinião da reportagem, porém, Dilma poderia apostar em reformas políticas mais profundas, considerando que "muito da agenda política da presidente - como melhorar a educação e a saúde, eliminar a pobreza extrema e investir em infraestrutura - não depende da aprovação do Congresso".

Reportagem publicada nesta quinta-feira, dia 24, na revista "Economist" (leia o texto, em inglês).
G1 - BBC Brasil

Dilma é 'ex-radical' que conduz Brasil em 'boom econômico', diz revista

Reportagem da "New Yorker" diz que Dilma vê EUA como exemplo de como não lidar com crise econômica (Foto: Reprodução)Reportagem da "New Yorker" diz que Dilma vê EUA
como exemplo de como não lidar com a crise eco-
nômica global (Foto: Reprodução)
A revista norte-americana "The New Yorker" traz em sua próxima edição, de 5 de dezembro, um perfil em que a presidente Dilma Rousseff é descrita como uma "ex-radical que conduz o país em um boom econômico". Intitulado "A Ungida", o texto assinado pelo jornalista e escritor Nicholas Lemann contrasta a situação política e social com o momento econômico do país.
No resumo publicado nesta segunda-feira (28) no site da revista, o texto diz que "até recentemente, o Brasil era um dos países menos educados e um dos mais desequilibrados economicamente. Agora, sua economia cresce muito mais rápido que a dos Estados Unidos".
O texto afirma que, mesmo com uma "democracia caótica", o Brasil tem uma imprensa livre. Diz ainda que o governo central é mais "poderoso e intrusivo" que o dos EUA.
"O crime é alto, escolas são fracas, e portos mal funcionam. Ainda assim, entre as maiores potências econômicas, o Brasil alcançou uma rara combinação: alto crescimento, liberdade política e desigualdade decrescente".
Ao falar sobre a relação da presidente com os EUA, o texto diz que o país "parece estar constantemente na mente de Dilma, como um exemplo de como não lidar com a crise econômica global".
Passado
Ao descrever o passado da presidente, diz que ela "rapidamente se tornou radical" quando era estudante nos anos 60, durante a ditadura. No final da década, diz que Dilma e o então marido Cláudio Galeno Linhares "viviam se escondendo, estocando e transportando armas, bombas, dinheiro roubado, planejando e executando 'ações'".
Depois, relata que, mais tarde, no início dos anos 70, ao ser capturada com o segundo marido, Carlos Araújo, "passou três anos na prisão, onde teria sido submetida a extensiva tortura".
A publicação ressalva que Dilma "insiste que nunca esteve pessoalmente envolvida em ações violentas nos tempos de militante".
Sobre a demissão de ministros neste primeiro ano de governo, a revista diz que "ninguém acredita que Dilma Rousseff seja corrupta, mas ela trabalhou por anos com algumas das pessoas que pediram demissão".

G1 - Brasília