sábado, 3 de dezembro de 2011

Na antevéspera da eleição, presidente nacional do PT assina manifesto em favor da bagunça e da ditadura na USP!

reprodução / internet

Maiorias silenciosas da universidade, vocês estão sendo usadas como massa de manobra da política mais vil! Ah, sim: morto assina! E a Marilena Quebra-Barraco também!



As esquerdas endoidaram de vez. E estão desesperadas. Perderam a eleição para o DCE na UnB. Perderam a eleição para o DCE da UFMG. Teriam sido fragorosamente derrotadas pela chapa “Reação” na USP não fosse o golpe que suspendeu as eleições. Pela primeira vez na história, o Diretório Central dos Estudantes da maior universidade do país, uma instituição pública, é comandado por uma espécie de “Junta Militar” formada por um conselho de Centros Acadêmicos. Dando um golpe dentro do golpe, os fascistóides excluíram o CA da FEA desse conselho. ESSA GENTE ODEIA A DEMOCRACIA. ESSA GENTE ODEIA A IDÉIA DE “UM ESTUDANTE, UM VOTO”. Muito bem! Escrevi aqui muitos posts afirmando que o PT acompanhava a folia da extrema esquerda a uma certa distância, mas sempre insuflando o movimento, especialmente nos fóruns de debates de professores e alunos. Agora o partido perdeu o constrangimento — não se pode, no caso, falar em vergonha porque não se perde o que não se tem — e passou a dar apoio efetivo à bagunça e aos extremistas. Ninguém menos do que o seu presidente nacional resolveu entrar na luta. Outras “estrelas” do partido resolveram dar as caras.
A “Irmandade Petista” é agora a mão que balança o berço. Afinal, estamos a menos de um ano de uma eleição, e a bagunça sempre interessa à “irmandade”, desde que prejudique o adversário. Como já afirmei aqui, os petistas preparavam a sua greve de alunos e professores para o ano que vem. Aposto o mindinho que a associação de docentes, a Adusp, que é comadanda pelos correlegionários de Delúbio Soares, vai tentar de novo aprovar a adesão à greve… que não existe!
Está circulando por aí uma estrovenga que se auto-intitula “Manifesto pela Democracia na USP”. Seus signatários se dizem “perseguidos pelo regime militar, parentes dos companheiros assassinados durante esses anos sombrios e defensores dos princípios por eles almejados”. Gostei, sobretudo, desta parte: “defensores dos princípios por eles almejados”. NÃO DEVERIA TER MORRIDO UMA SÓ PESSOA DEPOIS DE RENDIDA PELAS FORÇAS DO ESTADO, É EVIDENTE. Mas quais eram mesmo os “princípios almejados”, por exemplo, por VAR-Palmares, MR-8, PCdoB, VPR etc? Incluíam a democracia? Ora… Ah, sim: gente que escreve “princípios almejados” é analfabeta do estilo. Geralmente se almeja um objetivo orientado por um princípio.
Um monumento foi erguido na USP em homenagem às “vítimas” do regime militar. Não se teve até agora a idéia de fazer o mesmo com as vítimas das esquerdas… Mas vá lá… O tal manifesto anuncia:
“Não aceitamos receber essa homenagem de uma reitoria que reatualiza o caráter autoritário e antidemocrático das estruturas de poder da USP, reiterando dispositivos e práticas forjadas durante a ditadura militar, tais como perseguições políticas, intimidações pessoais e recurso ao aparato militar como mediador de conflitos sociais.”Ulalá! O “reatualiza” reitera o analfabetismo. Bastaria, para expressar o que querem dizer, a palavra “atualiza”.
O texto segue adiante:
“Esse desprezo pela memória dos que sofreram por defender a democracia, dentro e fora da Universidade, se manifesta claramente na placa que inaugurava a construção de tal monumento. A expressão ‘Vítimas da Revolução de 1964′ contém duas graves deturpações: nomeia de ‘vitimas’ os que não recearam enfrentar a violência armada, e, mais problemático ainda, de ‘revolução de 1964′ o golpe militar ilegal e ilegítimo.”
Trata-se de uma soma formidável de imposturas, vamos lá, uma a uma:
- a palavra “revolução” já foi tirada da placa;
- os movimentos de esquerda não defendiam a democracia nem em tese;
- os que aderiram à luta armada queriam socialismo, não um regime democrático;
- eu também acho que o número de “vítimas” foi muito menor do que se alardeia; quem morreu dando tiro, por exemplo, pereceu abraçado à sua escolha: não é vítima; se era herói, o era de uma outra ditadura: a socialista;
- mas notem: se não há vítimas, como eles próprios dizem, por que o Brasil já torrou quase R$ 6 bilhões, em indenizações e pensões, a título de reparação?;
- quem decidiu que os tais signatários são os donos da história para aceitar ou recusar homenagens?;
- notem que o golpe militar de 64 é classificado por eles como “ilegal e ilegítimo”. Bastaria a palavra “ilegal”, claro!, não fosse a má intenção. As esquerdas estão dizendo que, para elas, existem “golpes” ilegais, porém “legítimos”: os desferidos por elas, a exemplo do que se viu no DCE da USP.
O “Manifesto pela Ditadura na USP entra no coro dos golpistas e “demanda o fim do convênio com a Polícia Militar, bem como o fim das perseguições políticas pela reitoria e pelo Governo de São Paulo a 98 estudantes e 5 dirigentes sindicais, através de processos administrativos e penais, e a imediata instauração de uma estatuinte livre, democrática e soberana, eleita e constituída exclusivamente para este fim.”
O texto continua a espancar a língua e a verdade. Não há um só perseguido político nessa história. Não é por acaso que uma das “estrelas” que o subscrevem é Emir Sader; já falo de outros. Gostei, sobretudo, da “estatuinte soberana”. Formidável! Isso quer dizer que os valentes pretendem que nem mesmo a Constituição deva alcançar a universidade comandada por eles. É… Faz sentido. A PM, por exemplo, só está no campus porque, afinal, existe estado de direito no Brasil. Eles são contra o estado de direito!
O tal manifesto divide os signatários em dois grupos: 1) o de “de familiares de mortos e desaparecidos, de ex-presos e perseguidos pela ditadura. Uspianos e não uspianos”; 2) e o de “professores da USP e de outras universidades brasileiras”. Notem até onde podem ir o sectarismo, a vigarice intelectual e o autoritarismo. A “estatuinte” que pedem tem de ser “soberana”, mas “familiares de presos políticos”, “ex-perseguidos”e “professores de outras universidades” têm o topete de falar em nome da USP.
No primeiro grupo, eu juro!, aparecem entre os signatários Luís Carlos Prestes. Florestan Fernandes e Bento Prado Jr., já mortos. Consta que as respectivas famílias assinaram “em memória”. Ah, bom! O direito de herança, agora, se estende aos abaixo-assinados. Chico de Oliveira, professor emérito da Universidade, está presente. É o “intelectual” mais importante do PSOL, o partido que comandou o golpe nas eleições do DCE. Como se nota, ele só é contra o golpismo alheio. Nesse primeiro lote, encontram-se ainda, além de Rui Falcão, presidente nacional do partido, os seguintes petistas: Adriano Diogo (deputado estadual), Carlos Neder (vereador) e Emir Sader, espancador da língua. A outra lista, a de professores de dentro e de fora da universidade, é encabeçada pela Tati Quebra-Barraco da FFLCH:  Marilena Chaui, aquela que escreveu um livro “inspirado” em outro, de Claude Lefort, esquecendo-se de mudar as palavras. Há outros notórios partidários do PT, como Fábio Konder Comparato, Maria Victória Benevides, Flavio Aguiar e Laurindo Lalo Leal Filho. Ah, claro, aquele do “No occupy a fazenda do papai” também se faz presente…
Eleição
Na antevéspera da eleição, os petistas decidiram investir na baderna na USP. Eles têm consciência, sim, de que as maiorias silenciosas da universidade são contra os golpistas aloprados. Ocorre que não estão minimamente preocupados com a universidade. Jogam outro jogo. Bastam 200 irresponsáveis para fazer baderna, atrair imprensa e passar a impressão de que a universidade vive um clima de convulsão, derivado da irresponsabilidade ou da incompetência do governo.
José Dirceu, referindo-se certa feita a seus adversários, afirmou que era preciso “bater neles nas ruas e nas urnas”. Seus capangas eleitorais levaram a mensagem a termo e atacaram o governador Mário Covas. Eu não sou Dirceu. Digo assim: é preciso bater neles nas urnas e nas urnas: nas da universidade, quando houver eleições, e nas de São Paulo.
Esse manifesto em favor da ditadura na USP marca oficialmente a entrada do PT na confusão. Uspianos, pais de uspianos e comunidade paulistana, a partir de agora, os petistas passaram a jogar com o futuro de milhares de estudantes com o objetivo único, como é próprio de sua história, de aumentar o seu poder.
Reinaldo Azevedo - Veja

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