terça-feira, 29 de maio de 2012

NUNCA ANTES NA HISTÓRIA DESS........


Reynaldo-BH reconstitui a reunião que pariu a nota concebida para assassinar a verdade

REYNALDO ROCHA
Resumo de reunião dos assessores de Lula. Marqueteiros, advogados e jornalistas chapa-branca. O próprio não está presente. Discute-se como formular uma resposta à imprensa sobre os fatos envolvendo o ex-presidente e o Ministro Gilmar Mendes.
Ambiente tenso. Televisores ligadas nos canais noticiosos. Tablets e computadores em permanente pesquisa nos blogs de colunistas e dos jornais e revistas. Lula recusa-se a participar da reunião, esperando o resultado final, que virá do conselho de próceres reunido.
A primeira questão é colocada em discussão. Lula deve dar uma entrevista? Se sim, a qual veículo de comunicação? Com qual teor?
A decisão é unânime. Lula tem que permanecer calado. Alguém, para ter certeza da decisão tomada, resolve consultar Lula por telefone. E sugere ─ como teste ─ o pronunciamento esclarecedor. Ouve um palavrão como resposta. Todos já sabem que Lula não falará.
A tensão cresce. As análises de jornalistas isentos e imparciais (os tais da dita grande imprensa) são demolidoras. Vão da revolta à vergonha. A esgotofesra não consegue conter a enxurrada de indignação. Estão, todos, sem argumentos. Esperam alguma orientação ─ como bons blogueiros de aluguel ─ para saber o que escrever.
Chegam a um acordo. Uma nota oficial.
Um ex-ministro da Justiça, atarefado com a defesa de bicheiros e bandidos do mesmo quilate, adverte para o risco de Lula declarar algo que possa ser desmentido posteriormente, até mesmo na esfera judicial.
Novo impasse. O homem não irá falar. E não dá para assinar uma nota oficial. Volta-se à estaca zero. Enfim aparece a solução! A nota será assinada pelo Instituto Lula. Pessoa jurídica que não mente por absoluta incapacidade (factual e legal) para tanto: empresas nunca mentem, só seus dirigentes. Se der problema, será coisa do administrador do Instituto. Que não é Lula.
Resolvido o detalhe da assinatura da nota (mais ou menos) oficial, passa-se ao texto.
O PARTO DO MONSTRENGO 
A tensão está no limite. Todos têm na cabeça a mesma pergunta que ninguém tem coragem de expressar: alguém vai acreditar? Pior que todos sabem a resposta.

Depois de dez rascunhos e centenas de hesitações, a nota finalmente encontra um início.
“Sobre a reportagem da revista ‘Veja’ publicada nesse final de semana, que apresenta uma versão atribuída ao ministro do STF Gilmar Mendes sobre um encontro com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 26 de abril, no escritório e na presença do ex-ministro Nelson Jobim, informamos o seguinte:”
Alguém lembra que Nelson Jobim, o estuprador de Constituições, já havia dito que não esteve presente em todos os momentos da conversa. Assim, a nota começa com o desmentido do desmentido. Ninguém se entende na sala. Afinal, o que seria melhor? Obrigar Jobim a desmentir o que disse ─ agora afirmando ter presenciado toda a conversa, o que era a única verdade ─ ou insistir na tese da ausência nos momentos cruciais da negociação/chantagem? Acabam decidindo que, se alguém ficar com a pecha de mentiroso, melhor que seja Jobim. Ele haveria de entender.
Mas como qualificar o fato? Reunião? Audiência? Conversa? Mais discussões. Melhor “encontro”, palavra suficientemente vaga para ser aplicada ao enlace do casal de amantes num motel ou à festa de fim de ano das ex-alunas do Colégio Sion.
Restam os fatos. Como tocar no assunto? Já estão todos de acordo quanto à citação expressa da revista VEJA. Lula não admitiria deixá-la de fora. Como foi citada (pior, foi ela quem divulgou a matéria),  então os fatos teriam de ser rebatizados de …versão! Suspiro de alívio. O monstrengo está tomando forma. Um mais esclarecido lembrou-se: versão do jornalista? Desta vez não dava para culpar o Policarpo. Versão do Cachoeira? De novo, problemas à vista. Ainda está preso. Versão da direita raivosa? Embora esteja sempre por trás de tudo, ela não compareceu ao “encontro”. A versão teria que ser do ministro!
Nova rodada de água com Lexotan. É suspensa a distribuição de cafés e chás de qualquer espécie. O homem é um ministro do Supremo! Solução: a versão é da revista VEJA, que a atribuiu ao ministro.
Mas a revista não afirmou que o ministro havia confirmado o teor do “encontro”?, pergunta alguém, imediatamente expulso do recinto para aprender a não tumultuar os trabalhos com meros detalhes. Não há tempo a perder com miudezas. Gilmar Mendes, afinal, há de entender o momento delicado urdido pelas oposições com vistas a derrubar Lula…derrubar Dilma … derrubar os avanços do governo mais popular da história deste país!
O ARGUMENTO QUE FALTAVA
Continua a confecção da nota quase oficial.

“1. No dia 26 de abril, o ex-presidente Lula visitou o ex-ministro Nelson Jobim em seu escritório, onde também se encontrava o ministro Gilmar Mendes. A reunião existiu, mas a versão da Veja sobre o teor da conversa é inverídica. ‘Meu sentimento é de indignação’, disse o ex-presidente, sobre a reportagem.”
Este trecho ─ todos concordam ─ é o cerne da nota oficiosa. A resposta. A porrada nas acusações mentirosas. O argumento que faltava aos blogs progressistas. Portanto, é necessário cuidado! Discute-se de início se seria razoável admitir que houvera (ou não) o “encontro”. Não dá para negar. Motoristas, ascensoristas, copeiros e serviçais (essa gente que gosta de aparecer em CPI’S) acabariam confirmando a presença de Lula e Gilmar no escritório de Jobim. A discussão esquenta. O “encontro” virou reunião.
Já que a reunião (o revisor será demitido amanhã pela manhã!) aconteceu, restam as alternativas de sempre. Lula não sabia! O problema é que desta vez não há o que “não saber”. Não sabia que não podia tentar corromper um ministro? Ou intimidar um juiz? Ou, ainda, chantagear um dos julgadores do mensalão? Não, definitivamente não é caso para outro “não sabia”.
Desta feita, o argumento sempre disponível não cabe. O pânico se espalha entre os escribas de aluguel. Algum gênio da linhagen frankliniana sugere a alternativa já largamente utilizada: “é algo que todo mundo faz”. Não, não é. Uma pesquisa no Google informa que não existe um único episódio na história do Brasil que possa sustentar o argumento do “sou, mas quem não é?” Nada. Desta vez – todos os arquitetos do lulopetismo admitem constrangidos – Lula foi longe demais. Inovou perigosamente.
Resta desmentir. Peremptoriamente. De modo cabal. Mas ─ alerta outro marqueteiro presente ─ não seria perigoso desmentir um ministro do Supremo Tribunal Federal?
Nova pausa para consultas e avaliações. Consulta-se o advogado ─ que interrompe de novo o esforço para livrar da cadeia o cliente de R$ 15.00.000,00 ─ em busca de (mais) uma saída. Até por ser caro e estar habituado a clientes com perfil de bandidos, o advogado alerta: não dá. É arriscado demais acusar de mentiroso ─ ou criminoso ─ um juiz do STF.
Então a coisa ficará assim, sem desmentido? Isso jamais! A versão passa a ser da revista VEJA. Não do ministro (ok, ok, vamos esquecer que o ministro, na mesma entrevista, confirmou o teor da reunião). Caso surjam problemas, Lula nunca disse que o ministro mentiu. A desmentida foi a revista, que publicou uma versão.
Em frente! Liberado o cigarro na sala. Alguém pergunta se a “porra da cachaça do Lula” ainda está na gaveta debaixo da escrivaninha.
Pronto! Dada a resposta. O resto será completado com declarações de princípios, uma das quais reafirmará que nunca antes neste país um presidente teve em tão alta conta o Poder Judiciário.
Por telefone, Lula ouve a leitura da nota oficiosa. Outro esporro. Quer dizer que o grupo reunido por mais de 6 horas não preparou sequer um discurso de “autoria” do chefe?
Voltam todos para o término da missão. Há que se colocar, na nota, uma declaração definitiva do próprio Lula. Mais 2 horas de intensas elucubrações sobre o momento doloroso que Lula enfrentava, frente à “versão da VEJA” sobre o “encontro”.
COMEMORAÇÃO PRECIPITADA
O resultado do esforço coletivo finalmente aparece: “Estou indignado!”. A declaração mais sucinta da história política do planeta. O poder de síntese levado ao extremo! O gênio da raça em seu momento mais glorioso. O bichinho palanqueiro resumindo numa frase outro episódio de mau-caratismo explícito de opositores.

E basta! Mais um é convidado a retirar-se da sala por ter proferido a inconveniência: “Gente, quem fica indignado se indigna com algo! Com que ou com quem Lula está indignado? Com Gilmar? Jobim? Com a VEJA? Com a vida? Com Obama?”
“2. Luiz Inácio Lula da Silva jamais interferiu ou tentou interferir nas decisões do Supremo ou da Procuradoria-Geral da República em relação a ação penal do chamado mensalão, ou a qualquer outro assunto da alçada do Judiciário ou do Ministério Público, nos oito anos em que foi presidente da República.”
“Ação penal do chamado mensalão”? Como assim? O correto não seria “ação penal derivada da FARSA do mensalão!”. A besta do revisor deixou passar….Como prudência e caldo de galinha nunca fazem mal, melhor limitar o prazo aos OITO anos de presidência. Depois, bem , depois destes anos a nota não tem nada a dizer.
“3. “O procurador Antonio Fernando de Souza apresentou a denúncia do chamado Mensalão ao STF e depois disso foi reconduzido ao cargo. Eu indiquei oito ministros do Supremo e nenhum deles pode registrar qualquer pressão ou injunção minha em favor de quem quer que seja”, afirmou Lula.”
Lula fica possesso ao saber que a nota já fora enviada aos jornais com a referência ao procurador Antonio Fernando. Quem foi o desavisado que esqueceu de lembrar a FARSA criada pelo ex-procurador? Parece até que Lula concorda com a denúncia! Tem motivos para comentar o escorregão com voz alterada.
“4. A autonomia e independência do Judiciário e do Ministério Público sempre foram rigorosamente respeitadas nos seus dois mandatos. O comportamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o mesmo, agora que não ocupa nenhum cargo público.”
Mais um deslize que só depois da publicação da nota oficiosa foi notado: a acusação de agir FORA da Presidência como agiu quando a exercia.
Fim da reunião. Todos respiram aliviados. O texto já está em circulação. Comemora-se mais uma crise vencida. A verdade oficial está apresentada. Lula não se expôs a nenhum processo. Nem precisou assinar a nota. Os participantes da reunião se preparam para a retirada quando Gilmar Mendes aparece na TV para reafirmar o que disse. Não foi uma versão da revista; foram fatos. Não foi uma reunião; foi uma cobrança recheada de ameaças. Jobim a tudo ouviu e até tentou ajudar Lula na argumentação, usando o suspeitíssimo Protógenes, o suplente de palhaço. E ainda acrescentou detalhes.
Faz-se um profundo silêncio na sala do Instituto Lula. Até que alguém se levanta e desliga a televisão. Alguém comenta: “Amanhã vai chover…” Todos vão embora.
Pano rápido.
Ficção? Certamente…
Nenhum autor conseguiria escrever um roteiro tão cheio de erros quanto este. Pleno de dubiedades. Um texto que começa e termina sem afirmar nada. Uma peça assim teria que ter, necessariamente, uma plateia de idiotas e imbecis.
Só gente assim acreditaria na verossimilhança do teatro de horrores, onde a ignorância faz par com a ofensa. Ignorância do autor que ofende a inteligência dos espectadores.
Melhor devolver o valor do ingresso.
Coluna do Augusto Nunes - Veja

Gurgel encaminha ao MPF representação contra Lula


Roberto Gurgel, procurador-geral da República - Divulgação
Roberto Gurgel, procurador-geral da República - Divulgação
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, informou nesta terça-feira que encaminhou para o Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF) a representação protocolada contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por supostamente ter pressionado o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para adiar o julgamento do mensalão. Segundo Gurgel, como Lula não tem mais foro privilegiado – e a representação não cita o ministro -, não cabe à PGR analisar o caso.
Segundo reportagem da revista Veja, Lula e Gilmar Mendes teriam se encontrado no escritório do ex-ministro e ex-presidente do STF Nelson Jobim no dia 26 de abril. Lula teria pedido a Mendes o adiamento do julgamento do mensalão pelo STF. Em troca, teria oferecido blindagem na CPI que investiga as relações do bicheiro Carlinhos Cachoeira com políticos e empresários. Ontem, Lula divulgou nota na qual afirma estar “indignado” com a notícia.
Lula disse ao ministro, segundo relato de Mendes à revista, que é “inconveniente” julgar o processo agora e chegou a fazer referências a uma viagem a Berlim, na Alemanha, em que o ministro se encontrou com o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), hoje investigado por suas ligações com o bicheiro Carlinhos Cachoeira.
A representação, protocolada pelo PSDB, pede a investigação de três crimes: coação no curso do processo, tráfico de influência ativo e, ainda, promessa de vantagens indevidas.
Carlinhos Cachoeira 
Acusado de comandar a exploração do jogo ilegal em Goiás, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi preso na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, em 29 de fevereiro de 2012, oito anos após a divulgação de um vídeo em que Waldomiro Diniz, assessor do então ministro da Casa Civil, José Dirceu, lhe pedia propina. O escândalo culminou na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos e na revelação do suposto esquema de pagamento de parlamentares que ficou conhecido como mensalão.

Escutas telefônicas realizadas durante a investigação da PF apontaram contatos entre Cachoeira e o senador democrata Demóstenes Torres (GO). Ele reagiu dizendo que a violação do seu sigilo telefônico não havia obedecido a critérios legais.
Nos dias seguintes, reportagens dos jornais Folha de S.Paulo e O Globo afirmaram, respectivamente, que o grupo de Cachoeira forneceu telefones antigrampos para políticos, entre eles Demóstenes, e que o senador pediu ao empresário que lhe emprestasse R$ 3 mil em despesas com táxi-aéreo. Na conversa, o democrata ainda vazou informações sobre reuniões reservadas que manteve com representantes dos três Poderes.
Pressionado, Demóstenes pediu afastamento da liderança do DEM no Senado em 27 de março. No dia seguinte, o Psol representou contra o parlamentar no Conselho de Ética e, um dia depois, em 29 de março, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski autorizou a quebra de seu sigilo bancário.
O presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), anunciou em 2 de abril que o partido havia decidido abrir um processo que poderia resultar na expulsão de Demóstenes, que, no dia seguinte, pediu a desfiliação da legenda, encerrando a investigação interna. Mas as denúncias só aumentaram e começaram a atingir outros políticos, agentes públicos e empresas.
Após a publicação de suspeitas de que a construtora Delta, maior recebedora de recursos do governo federal nos últimos três anos, faça parte do esquema de Cachoeira, a empresa anunciou a demissão de um funcionário e uma auditoria. O vazamento das conversas apontam encontros de Cachoeira também com os governadores Agnelo Queiroz (PT), do Distrito Federal, e Marconi Perillo (PSDB), de Goiás. Em 19 de abril, o Congresso criou a CPI mista do Cachoeira. (Informações site Terra)

Centrar fogo em Perillo será a tática do PT e a base de Oposição pede a PGR investigação contra Lula


reprodução
A oposição pediu ontem ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, providências para investigar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acusado de oferecer blindagem na CPI do Cachoeira ao ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em troca de um acordo para adiar o julgamento do mensalão. Em nota emitida no fim da tarde, Lula afirmou estar 'indignado' com as acusações de Gilmar Mendes.

Em representação criminal, líderes do PSDB, DEM, PPS e PSOL sustentam haver indícios de que o petista praticou corrupção ativa, tráfico de influência e coação no curso de processo judicial. Em sua nota, Lula confirmou que se encontrou com Gilmar no mês passado, em Brasília, no escritório do ex-ministro da Defesa, Nelson Jobim. Mas alega que a versão do ministro sobre a oferta é 'inverídica'. 'Meu sentimento é de indignação', disse ele.
A investida da oposição foi acertada em reunião na qual os quatro partidos desistiram de tentar que Lula se explique na CPI. Sem votos para aprovar convocações ou acareações, os partidos devem apenas usar o episódio para constranger a maioria na sessão de hoje. 'Seria uma palhaçada. Eles (o governo) derrubariam o requerimento na hora e ainda nos humilhariam, dando atestado de bom moço ao ex-presidente', justificou um senador oposicionista.
A representação reproduz reportagem da revista Veja, que publicou a denúncia no fim de semana. Nos próximos dias, Gurgel deve encaminhá-la para análise de algum procurador da República, já que ex-presidentes não têm foro privilegiado.
Segundo o texto, Lula exerceu tráfico de influência, pois teria tentado interferir no ato de um magistrado para favorecer seu partido. Além disso, teria praticado corrupção por oferecer vantagem indevida para que Gilmar fizesse, retardasse ou omitisse um ato de ofício. A coação no curso do processo se basearia na suposta tentativa de ameaçar autoridade com poder de intervir na ação judicial em curso.
Caberá ao Ministério Público Federal (MPF) decidir se pede ou não à Polícia Federal que investigue o caso e, a partir das provas colhidas no inquérito, oferecer denúncia contra o ex-presidente à Justiça.
O líder do DEM no Senado, senador José Agripino (RN), que conversou com Gilmar, disse que é necessário apurar se a acusação tem procedência. 'Os ministros do Supremo já manifestaram sua indignação. Agora, é necessário passar o caso a limpo. Está claro que o PT não quer que o mensalão seja esclarecido', afirmou ele.
Para o líder do PSDB na Câmara, Bruno Araújo (PE), o episódio desmoraliza os governistas na apuração do caso Cachoeira. 'A CPI nascia contaminada e isso se confirma agora, com esse grau de ingerência. A maioria deve explicar se está disposta a seguir qualquer ordem de um ex-presidente', provocou.
Sem interferência. O ex-presidente sustenta que, em oito anos de mandato, jamais interferiu ou tentou interferir nas decisões do Supremo. 'O procurador Antonio Fernando de Souza apresentou a denúncia do chamado mensalão ao STF e depois disso foi reconduzido ao cargo. Eu indiquei oito ministros do Supremo e nenhum deles pode registrar qualquer pressão ou injunção minha em favor de quem quer que seja', disse.
Os governistas minimizaram o episódio, argumentando tratar-se da 'palavra de dois contra um'. Além de Lula, Jobim negou que o ex-presidente e Gilmar tenham falado sobre mensalão.
'A situação é típica de quem não tem o que dizer ao País e precisa ficar produzindo escândalos. O presidente Lula não faria qualquer pressão sobre o Judiciário e os juízes do Supremo têm total independência', comentou o senador Humberto Costa (PT-PE).
Na nota, Lula diz ter visitado Jobim em seu escritório, onde também se encontrava Gilmar.
Desgastada com a revelação de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva manipularia a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira para 'acabar com a farsa do mensalão', a base aliada, liderada pelo PT, está decidida a focar as investigações no governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo. A estratégia é preservar, neste primeiro momento, os governadores do Distrito Federal, o petista Agnelo Queiroz, e do Rio, Sérgio Cabral, do PMDB. A matriz da Delta Construções também deverá ser poupada. 'Não tem sentido a quebra de forma indiscriminada do sigilo da Delta', afirmou ontem o líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP). 'Não podemos fugir do foco. Não é uma CPI das empreiteiras', disse o petista.
Ele confirmou que a ideia é aprovar hoje, na sessão administrativa da CPI, apenas a convocação de Perillo. Com essa estratégia, os aliados pretendem desgastar a oposição, em especial os tucanos que aparecem envolvidos no esquema ilegal do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. 'Vão transformar o Marconi em vítima. Não pode convocar um e deixar os outros para trás', disse a senadora Kátia Abreu (PSD-TO). 'Então, vamos convocar todos os governadores que têm contratos com a Delta', defendeu.
O presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), preferiu não se manifestar sobre o episódio envolvendo o ex-presidente. Lembrou apenas que, dos três participantes da conversa, dois negaram. Para o presidente da CPI, o ministro Mendes também não precisa ser convocado para falar do caso, como chegou a ser cogitado. / EUGÊNIA LOPES

FÁBIO FABRINI - Estadão

Líder do PT na Câmara critica ministro Gilmar Mendes - "INVERSÃO DE VALORES?"


reprodução
O líder do PT na Câmara, deputado Jilmar Tatto (PT-SP), criticou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes no episódio envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 'Conhecendo o presidente Lula, ele jamais falaria algo nesse tom e com esse conteúdo', afirmou. 'Lula tem a confiança de 90% da população brasileira, então vou acreditar nele. Prefiro a versão de Lula', enfatizou. Tatto afirmou não haver possibilidade de Lula ir à CPI explicar o episódio. 'Por que ele iria se manifestar sobre o que não falou?', questionou.
De acordo com Gilmar Mendes, Lula o teria pressionado para adiar o julgamento do mensalão e, em troca, teria oferecido ao ministro proteção na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira, que estaria sob o controle do ex-presidente. O líder petista afirmou que tanto Lula quanto o ex-ministro da Defesa Nelson Jobim negaram que tenha havido a conversa relatada por Mendes.
O líder petista também classificou a oposição de 'barata tonta', ao recorrer à Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente. O PSDB, o DEM e o PPS pediram à PGR que abra investigação contra Lula por corrupção ativa, tráfico de influência e coação no curso do processo (julgamento do mensalão). 'Essa é a prova de que a oposição continua uma barata tonta, perdida, está sem rumo, sem projeto e sem discurso', afirmou Tatto.
O líder do PSOL, deputado Chico Alencar (RJ), afirmou que a forma de esclarecer o episódio e afastar qualquer suposição de 'troca de favores' é o Supremo agilizar o julgamento do mensalão. Além disso, Chico Alencar defendeu que a CPI apure a possível viagem de Mendes e o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), como teria relatado o ex-presidente Lula, bancada por Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
DENISE MADUEÑO - Estadão

Ex-presidente 'plantava coisas falsas', diz Gilmar


Ex-presidente   'plantava coisas   falsas', diz Gilmar
"Gilmar Mendes afirma que se sentiu constrangido com o fato de Lula insistir no tema CPI do Cachoeira"
O ministro do STF, Gilmar Mendes, disse na noite de ontem, em Manaus (AM), que decidiu revelar a conversa que teve com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva porque estava sendo alvo de informações 'plantadas' envolvendo sua relação com o senador Demóstenes Torres (ex-DEM, sem partido-GO).
'O que me fez crescer a convicção de que havia algo de errado foi a informação que me veio de pessoas confiáveis de que essas informações estavam sendo plantadas, inclusive com a participação do (ex) presidente. Aí me preocupou', disse Mendes, que participou de evento realizado pela Escola Superior de Magistratura do Amazonas. Ele repetiu, conforme sua versão, que se sentiu constrangido com o fato de Lula insistir no tema CPI do Cachoeira e fazer menção ao encontro com o senador em Berlim. 'Eu estranhei. Não era a relação que nós tínhamos há tantos anos. E era algo atípico. O (Nelson) Jobim estava presente e neste momento complementou: 'O que ele tá querendo dizer é que o deputado Protógenes (Queiroz) pode estar querendo levá-lo à CPI'. E eu ainda ironizei: 'A essa altura, com o que tem aparecido sobre o deputado Protógenes, ele está é precisando de proteção na CPI''.
O ministro garantiu que teve 'relação estritamente profissional' com Demóstenes, 'Quanto aos seus malfeitos, eu não tenho parte nisso.' Ele disse que denunciou a conversa com Lula para evitar qualquer tipo de 'abuso'.
'Não pode fonte oficial, um parlamentar, um ex-presidente da República, um ministro da Justiça, veicular coisas falsas, isso não pode ocorrer', afirmou.
Renata Magnent - Estadão

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Campina Grande revela programação completa do São João 2012


Elba Ramalho, Garota Safada, Santanna e Calypso são alguns dos destaques (Foto: Divulgação)Elba Ramalho, Garota Safada, Santanna e Calypso
são alguns dos destaques (Foto: Divulgação)
A Prefeitura de Campina Grande divulgou na manhã de sexta-feira (18) a programação completa do Maior São João do Mundo. A edição 2012 terá 31 dias de shows no Parque do Povo, localizado no Centro da cidade, de 1º de junho a 1º de julho. Entre as principais atrações estão os cantores Dominguinhos, Elba Ramalho, Zé Ramalho, Alcymar Monteiro e as bandas Garota Safada e Magníficos.
Conforme já anunciado, o evento será aberto pelo cantor e compositor Flávio José, do grupo Os Três do Nordeste e dos cantores Capilé e Jairo Madruga. O segundo dia terá o Forró Fest, maior festival de música nordestina do país realizado pela Rede Paraíba de Comunicação. Além dos compositores que estão na competição apresentando suas músicas inéditas, tocam as bandas Forró Três Desejos e Cavalo de Pau.
Dominguinhos e a filha Liv Moraes cantam juntos no primeiro domingo (Foto: Divulgação/Poullainn Neuve)Dominguinhos e a filha Liv Moraes cantam juntos no
primeiro domingo (Foto: Divulgação/Poullainn Neuve)
Conforme a programação, o primeiro domingo depois da abertura terá shows de Garota Safada, Dominguinhos e sua filha, Liv Moraes. No dia 19 de junho, quem sobe ao palco é a banda Calypso. A véspera de São João (23 de junho), uma das datas mais esperadas, será comemorada com as apresentações de Elba Ramalho, Tony Dumond e Geraldinho Lins. Já o dia de São João (24) terá Léo Magalhães e Oswaldinho, que fará uma homenagem a Luiz Gonzaga.
A véspera do dia de São Pedro (28) terá os espetáculos de Alcymar Monteiro, Magníficos e Assisão. O cantor e compositor Zé Ramalho, que também é presença tradicional no evento, toca no dia 27. O encerramento será feito por Santanna, Amazan e Bonde do Brasil.
O lançamento das novidades aconteceu na Vila do Artesão, e foi animado por trio de forró pé de serra e quadrilhas juninas. Entre as novidades da festa neste ano estão a homenagem ao centenário de Luiz Gonzaga e a revitalização do Parque do Povo. Os internautas também poderão acompanhar detalhes pelo site oficial do evento, no endereço www.saojoaodecampina.pb.gov.br.
Outras atrações já tradicionais todos os anos que terão continuidade nesta edição do Maior São João do Mundo são o casamento coletivo, os shows pirotécnicos, a exposição de obras da literatura de cordel e a presença de bares e restaurantes com pratos representativos da culinária regional. O projeto Cantoria de Viola no São João levará ao arraial apresentações de repentistas.Atrações que completam a festa.

Além da festa no Parque do Povo, os distritos de Galante e de São José da Mata também vão receber eventos, com apresentações de grupos folclóricos e de quadrilhas juninas. Uma das atrações mais procuradas é o Expresso Forrozeiro, também conhecido como Trem do Forró, que segue viagem de Galante até a Estação Velha, em Campina Grande. Em cada vagão, os participantes dançam ao som do tradicional forró pé de serra e conhecem a paisagem rural da região.

Veja abaixo a programação completa:
01/06
Espetáculo A festa do Cangaço, com grupos folclóricos de Campina Grande
Jairo Madruga
Os 3 do Nordeste
Flávio José
Capilé
02/06
Forró Fest – Rede Paraíba de Comunicação
Forró 3 Desejos
Cavalo de Pau
03/06
Cia. de projeções folclóricas
Dominguinhos
Liv Moraes
Garota Safada
04/06 e 05/06
Trios de forró nas ilhas e na Pirâmide
06/06
Forró da curtição
Forró 3 x 4
Os meirinhos
07/06
Arreios de Ouro
Brasas do Forró
Forró da Pegação
08/06
Grupo de dança Caetés
Aldemário Coelho
Mexe Ville
Forró da Manha
09/06
Amazam
Forró da Xêta
Luan e Forró Estilizado
Coroné Grilo
10/06
Grupo de cultura nativa Tropeiros da Borborema
Ton Oliveira
Dorgival Dantas
Forrozão Deixe de Brincadeira
11/06
Jota Gomes
Forrozão Doce Encanto

12/06
Grupo de projeções folclóricas Raízes
Amigos Sertanejos
Cheiro de Menina e Vicente Nery
Alexandre Tann
13/06
Forró Moral
As Bastianas
Karkará
14/06
Jorge de Altinho
Fogo de Menina
Magnatas do Forró
15/06
Grupo Acauã da Serra
Renata Arruda
Pinto do Acordeon
Flor da Pele
16/06
Grupo folclórico Cia livre
Antônio Barros e Cecéu
Forró da Canxa
Nando Cordel
17/06
Mulher Chorona
Jurandy da Feira e Banda
Poeta Francinaldo
18/06
Mistura Quente
Bicho Bom
Edgley Maciel
19/06
Grupo de projeções folclóricas Raízes
Calypso
Felipe Warley
Jeito Nordestino
20/06
João Gonçalves
Forró Pikotado
Paulinha Abelha & Marlus
21/06
Cia. Folclórica Originis
Forró Bakana
Sacanear Versailles
Coroné Grilo
22/06
Grupo de cultura nativa Tropeiros da Borborema
Luizinho Calixto
Os Nonatos
Forró Caçuá
23/06
Cia. Folclórica Originis
Elba Ramalho
Geraldinho Lins
Tony Dumond
24/06
Grupo de dança Caetés
Oswaldinho
Adriano José
Léo Magalhães
25/06
Forró Maliciar
Dida Pachequinho
Banda Afrodite
26/06
Grupo de tradições populares Acauã da Serra
Assum Preto
Forrózão VIP
Forró do Litoral
27/06
Cia. Folclórica Originis
Zé Ramalho
Ferro na Boneca
Zé Calixto
Luan e Forró Estilizado
28/06
Grupo de projeções folclóricas Raízes
Alcymar Monteiro
Banda Magníficos
Assisão
29/06
Grupo Acauã da Serra
Waldonys
Genival e João Lacerda
Cicinho Lima
30/06
Grupo folclórico Cia. Livre
Louro Santos
Edgley Miguel
Forró das Mina
01/07
Grupo de cultura nativa Tropeiros da Borborema
Amazan
Paulinho Pauleira
Bonde do Brasil
Santanna
G1-PB

Oposição pede que Procuradoria investigue Lula


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A oposição protocolou na tarde desta segunda-feira (28) requerimento para que a Procuradoria-Geral da República investigue uma suposta pressão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, com o objetivo de adiar o julgamento do mensalão. Em troca, Lula teria oferecido "proteção" ao ministro nas investigações da CPI do Cachoeira.

O episódio foi revelado na edição deste final de semana da revista "Veja", que relata um encontro no último dia 26 de abril entre Lula e Mendes. Segundo a publicação, Lula ofereceu "blindagem" na CPI e mencionou uma viagem do ministro a Berlim em que teria se encontrado com o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), supostamente paga pelo bicheiro - o que foi negado por Mendes.

À revista, Mendes disse que ficou "perplexo" com as insinuações "despropositadas" do ex-presidente. O ex-ministro do STF, Nelson Jobim, anfitrião do encontro, negou que Lula tenha feito pressão. A assessoria do Instituto Lula informou que ele não comentará a reportagem. OG1 deixou recado no celular do assessor do Instituto Lula e aguarda retorno sobre o requerimento.

No requerimento endereçado ao procurador-geral, Roberto Gurgel, parlamentares do PSDB, DEM e PPS argumentam que Lula pode ser investigado por três crimes: tráfico de influência, corrupção ativa e coação.

Tráfico de influência, de acordo com o Código Penal, é a conduta de "solicitar, exigir, cobrar ou obter" vantagem ou promessa de vantagem "a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função".

Corrupção ativa é prometer ou oferecer "vantagem indevida" a funcionário público. Já coação no curso do processo é usar de violência ou ameaças para favorecer interesse próprio ou de outra pessoa em processo judicial.

Por não ter no momento qualquer mandato eletivo, o ex-presidente não possui foro privilegiado. Por isso, a Procuradoria-Geral da República poderá encaminhar o requerimento à primeira instância. Deputados, senadores, presidente da República e ministros de tribunais superiores têm a prerrogativa de serem investigados pela PGR e julgados pelo STF. Com o término do mandato, a prerrogativa de foro deixa de subsistir.

Repercussão
Nesta tarde, no Congresso, parlamentares de oposição e da base repercutiram a reportagem da revista "Veja". O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), disse que Lula tentou estabelecer um "cerco sobre o STF e a CPI". Por sua vez, o senador Jorge Viana (PT-AC), defendeu o ex-presidente dizendo que ele sempre "respeitou as instituições" ao longo dos oito anos em que governou o país.

Em discurso, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) disse que a denúncia contra Lula é "grave". "Se o presidente Lula fez aquela proposta, temos uma situação de interferência na JustiçaSe não fez, temos um ministro do Supremo faltando com a verdade. É um momento negro da nossa história", afirmou.

Nathalia Passarinho - G1

Gilmar Mendes confirma que conversou com Lula sobre mensalão


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O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), confirmou nesta segunda-feira (28), em entrevista à TV Globo, que conversou com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no fim de abril sobre a possibilidade de adiar o julgamento do processo do mensalão, suposto esquema de compra de apoio político no Congresso descoberto em 2005, início do governo Lula.

"Claro que houve a conversa sobre o mensalão e o ministro [Nelson] Jobim sabe disso", disse. Segundo reportagem deste final de semana da revista "Veja", o encontro ocorreu no dia 26 de abril no escritório do ex-ministro do STF Nelson Jobim. Na ocasião, segundo a revista, Lula teria feito pressão sobre Mendes, lhe oferecendo "blindagem" na CPI que investiga as relações políticas do bicheiro Carlinhos Cachoeira, em troca do adiamento do julgamento do mensalão.

Ele teria então mencionado uma viagem do ministro Gilmar Mendes a Berlim em que teria se encontrado com o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), supostamente paga pelo bicheiro - o que foi negado por Mendes.
Na entrevista, Mendes também confirmou que Lula teria lhe dito que o governo tinha "domínio" sobre a CPI. O assunto do mensalão, disse, começou quando falavam sobre futuras reposições de vagas do STF e sobre a PEC da Bengala, proposta que estende a idade de aposentadoria dos ministros.

"O presidente disse da importância do julgamento do mensalão de que, se possível, não se julgasse esse ano, que não haveria objetividade. Eu objetei então que não me parecia possível adiar esse julgamento, dada a repercussão, dada a possibilidade de dois colegas não mais participassem, colegas que participaram do recebimento da denúncia", afirmou, em referência aos ministros Cesar Peluzo e Ayres Britto, que devem se aposentar neste ano.
'Blindagem'
Questionado se Lula teria lhe oferecido "blindagem" na CPI, Mendes disse que "a questão não se coloca dessa forma". Ele disse que Lula falou sobre o "domínio que governo tinha sobre a CPMI". "Aí eu entendi, depreendi dessa conversa que ele estava inferindo que eu tinha algo a dever nessa matéria de CPMI".
Mendes disse que, nesse momento, falou ao ex-presidente que a relação com Demóstenes era de conhecimento e funcional. "Aí ele um pouco ficou assustado e disse: 'E não tem? E essa viagem de Berlim?". Mendes teria então esclarecido o encontro, dizendo que estava na cidade para visitar a filha, como relatado pela revista "Veja".

Mendes disse que se sentiu perplexo pela possibilidade de Lula usar informação, que classificou de "falsa" sobre suposta ligação com Cachoeira. "Eu me senti perplexo, porque a relação com o ex-presidente sempre foi muito franca, muito cordial", disse.
'Versão inverídica'
Em nota publicada pela sua assessoria de imprensa, o ex-presidente Lula se disse  que a versão sobre a conversa apresentada por "Veja" é inverídica. "A autonomia e independência do Judiciário e do Ministério Público sempre foram rigorosamente respeitadas nos seus dois mandatos [de Lula]. O comportamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o mesmo, agora que não ocupa nenhum cargo público".

G1

TERRORISMO NUNCA MAIS


Este foi o nome escolhido pelos Membros fundadores do Grupo Ternuma, uma ONG que no seu estatuto, tem entre seus objetivos, conforme o art. 3º, os incisos: 

I - trabalhar para esclarecer os atos, ditos políticos, de assaltos, seqüestros e mortes praticados por terroristas, com repercussão em todo Brasil; 

II - denunciar à sociedade brasileira as ações institucionalizadas de assaltos, seqüestros e mortes praticadas por terroristas, de modo a criar uma consciência nacional favorável à extinção dos privilégios a eles concedidos. E, assim, tem pautado os seus esforços, seguindo os cânones legais, para a consecução dos seus objetivos, e neste propósito repudia a Comissão da Verdade, e lamenta que cidadãos acreditem nas suas altruísticas metas. Nossos passos, até o presente, são o cabal testemunho de nossas convicções e do nosso empenho na busca da verdade. Abandonamos as ilusórias intenções de ingenuidade ou crença de que a verdade emergirá em decorrência dos trabalhos daquela Comissão, por parte daqueles que preferem considerá - la como legal e imparcial. De fato, eles serão coniventes ou mesmo aliados daquele instrumento faccioso. Lembramos que a esquerda nacional tentou de todas as maneiras sacramentar modificações na Lei da Anistia, de modo que os seus asseclas fossem anistiados, mas que os integrantes do outro lado, aqueles que impediram a sua tomada do poder pelas armas, não o fossem. Felizmente, o STF não endossou as suas pretensões. Contudo, surgiu das mentes maquiavélicas um instrumento institucionalizado, a Comissão da Verdade, talvez pior, pois foi criado e constituído para desqualificar e desonrar os Governos dos Presidentes Generais, e expor ao público em geral, os seus Agentes e, quem sabe, através do “clamor público”, massacrá - los e vilipendiá - los. O Ternuma, para a consecução de seus objetivos, prescreve no Art. 4º do seu Estatuto, inciso I, “apoiar e assessorar indivíduos, entidades ou organismos em questões relacionadas com seus objetivos, sobretudo as vítimas e seus familiares, decorrentes dos atos ou ameaças terroristas”.Sabemos que a Comissão não tem o poder de intimar, sob coação qualquer pessoa. Segundo texto legal (Lei 12.528/2011, art. 4º), ela poderá receber testemunhos, informações, dados e documentos que lhe forem encaminhados voluntariamente, assegurada a não identificação do detentor ou depoente, quando solicitada; requisitar informações, dados e documentos de órgãos e entidades do Poder Público, ainda que classificados em qualquer grau de sigilo; e convocar para entrevistas ou testemunho, pessoas que possam guardar qualquer relação com os fatos e circunstâncias examinados. Portanto, a decisão é pessoal, porém, acautelai - vos, pois é fácil distorcer palavras, insinuar pensamentos, confundir, provocar e ludibriar. Como bombardeados por perguntas capciosas e traiçoeiras, fruto de sua indignação, da sua sinceridade e da certeza de seus atos, poderão evitar cair nas malhas de escolados inquiridores?Por dever de justiça e de acordo com os seus compromissos, o Ternuma estará à disposição dos convocados pela Comissão que aceitarem o “honroso convite”, para orientá – los e assessorá –los, se for de seu interesse.

Aos interessados, convidamos que acessem o site http://www.ternuma.com.br/, e contatem conosco. Serão muito bem-vindos. Brasília, DF, 19 de maio de 2012 Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira Presidente do Ternuma

militaresunidos

Senado aprova fim de 14º e 15º salários para parlamentares


O plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira o projeto de decreto legislativo do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) que acaba com a farra dos salários extras, os 14º e 15º salários para parlamentares. Mas não foi fácil. Os senadores acabaram com os privilégios pressionados pela opinião pública e durante o processo alguns mais irados manifestaram sua contrariedade, uns alegando que no Brasil os parlamentares ganham muito pouco e outros reclamando que é duro viver com R$ 19 mil líquidos, descontados os impostos.
Na mesma sessão, foi aprovada também a redução da cota de combustíveis a que cada senador tem direito dos atuais 25 litros para 10 litros de gasolina ou 14 litros de álcool .
Pela regra atual, deputado e senador recebe dois salários extras de R$ 26,7 mil no inicio e fim de cada ano, além do 13º salário. Agora, com o fim da "ajuda de custo", os parlamentares voltam a ter apenas um salário extra no início e no fim dos mandatos, para fazer sua mudança para Brasília e de volta para o estado de origem
O senador Ivo Cassol (PP-RO), que tentou atrasar a votação da matéria nas comissões técnicas , foi um dos que reclamou que senador é muito mal remunerado e precisa ter uma folga para comprar uma passagem ou remédios para eleitores. Mas a revolta maior foi manifestada pelo senador Cyro Miranda (PSDB-GO). Ele disse que não vive do salário de senador e tem pena daqueles que são obrigados a viver com R$ 19 mil líquidos com a estrutura que tem em Brasília. Mas além do salário de R$ 26,7 mil, somando tudo, salário, verba indenizatória e todos os recursos de suporte a um senador, esse valor chega a R$ 170 mil por mês.
O beneficio do salário extra foi introduzido no parlamento pela primeira vez em 1948 e vem sendo mudado desde então, com a inclusão de novos privilégios.
- Fui atrás da história. O procedimento naquela época se justificava porque os parlamentares se mudavam para o Rio com suas famílias e passavam todo o ano no Rio. Hoje, sabemos que a coisa não acontece dessa forma, voltamos todas as semanas para os estados - disse Lindbergh, para justificar o fim dos salários extras a cada inicio e fim de ano.

O Globo