domingo, 27 de novembro de 2011

Games - Escola em SP ensina jovens a empreender no setor

reprodução / internet

Jovens sonham em trabalhar na criação de games, uma área de grande destaque no mundo todo. Em São Paulo, eles já contam com uma escola especializada para empreender neste mercado.

Na escola, o cenário assusta: monstros, dragões, múmias. Mas é tudo muito divertido. É um curso de entretenimento digital - uma área que promete agitar o mercado nos próximos anos. Na aula, os alunos aprendem a fazer games em três dimensões. “Uma escola como é essa é perfeita, é o que eu gosto, o pessoal daqui é bacana, é um ambiente gostoso”, diz o aluno Ricardo Mendes.

O empresário Roberto Alves começou o negócio em 2003, com um investimento de R$ 400 mil. Ele comprou computadores, reformou o espaço e contratou os professores. No início, era só uma escola de informática. Depois mudou de rumo, e entrou no mercado digital.

“A indústria de entretenimento no Brasil vem crescendo muito e a gente observou que tem muitos jovens empreendedores no país que querem uma oportunidade mas não sabem por onde começar, e foi ai que a gente entrou nessa linha exatamente para poder abrir esses horizontes para os nossos jovens brasileiros”, diz Alves.

Mas quem quer desenvolver games não começa direto no computador. Primeiro, tem que aprender desenho e escultura. “A escultura serve como referência para fazer o 3D, porque a partir de agora você tem vários ângulos para poder olhar e num desenho você não teria uma facilidade tão grande. A escultura você põe do lado do computador e consegue servir de referência para produzir o 3D”, explica o professor Rogério Félix.

O mercado de desenvolvimento de games está em plena expansão. Os negócios do setor movimentam cerca de R$ 100 milhões por ano no Brasil, segundo a Associação Brasileira dos Desenvolvedores de Games, a Abragames.

“É um mercado que aqui no Brasil está crescendo muito. Crescendo cada vez mais. A gente tem visto cada vez mais iniciativas e mais empresas novas aparecendo”, afirma Fernando Chamis, diretor da Abragames.

Curso
O curso de games dura dois anos e custa R$ 450 por mês. A escola tem hoje 4.500 alunos em seis unidades. Um sócio da empresa, Alessandro Bonfim, busca a experiência norte-americana para montar uma escola internacional de arte digital aqui no Brasil.

"Essa parceria é a abertura da primeira escola internacional que vai preparar profissionais do mercado de games, cinema, animação, publicidade no Brasil não só para o mercado brasileiro, mas para o mercado internacional. É um marco que vai revolucionar nossa indústria”, diz.

Com a parceria, a escola espera dobrar o número de alunos em dois anos. Muitos deles já entram pensando em fazer da paixão por games grandes negócios. “O grupo já tem algumas idéias. Umas três, quatro idéias para ir para projetos. A gente está querendo fazer isso mais sério, fazer virar um estúdio”, diz o aluno Ricardo Mendes.

O mercado abre um leque de oportunidades para novos talentos. “O mercado não é só para videogames, ele se destrincha em várias áreas. Uma empresa pode começar desenvolvendo para móbile, desenvolvendo redes sociais, desenvolvendo para internet, desenvolvendo jogos para publicidade, jogos para treinamento. Isso é o que eu mais gosto do mercado: você pode escolher um nicho e focar, se especializar”, sugere Chamis, da associação do setor.

PEGN TV - G1

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