sábado, 5 de janeiro de 2013

HPV - Perguntas e respostas mais frequentes


Fonte: Monaghan J M, Morrow C P, Tattersall M H N, 1992, pg. 58 Fig 4.1, Gynecologic Oncology Second Edition Volume 1
Fig. 1
O que é HPV? 

É a sigla em inglês para papiloma vírus humano. Os HPV são vírus da famíliaPapilomaviridae (Fig. 1), capazes de provocar lesões de pele ou mucosa. Na maior parte dos casos, as lesões têm crescimento limitado e habitualmente regridem espontaneamente.


Qual a relação entre os HPV e o câncer do colo do útero?
Existem mais de 200 tipos diferentes de HPV. Eles são classificados em de baixo risco de câncer e de alto risco de câncer. Somente os de alto risco estão relacionados a tumores malignos.


Quais são eles?

Os vírus de alto risco, com maior probabilidade de provocar lesões persistentes e estar associados a lesões pré-cancerosas são os tipos 16, 18, 31, 33, 45, 58 e outros. Já os HPV de tipo 6 e 11, encontrados na maioria das verrugas genitais (ou condilomas genitais) e papilomas laríngeos, parecem não oferecer nenhum risco de progressão para malignidade, apesar de serem encontrados em pequena proporção em tumores malignos.

Fonte: Bonfiglio T A, Erozan Y S, 1997, pg 86 Fig. D, Gynecologic Cytopathology
Fig. 2 - Células infectadas pelo vírus HPV
Os HPV são facilmente contraídos?
Estudos no mundo comprovam que 50% a 80% das mulheres sexualmente ativas serão infectadas por um ou mais tipos de HPV (Figura 2) em algum momento de suas vidas. Porém, a maioria das infecções é transitória, sendo combatida espontaneamente pelo sistema imune, principalmente entre as mulheres mais jovens. Qualquer pessoa infectada com HPV desenvolve anticorpos (que poderão ser detectados no organismo), mas nem sempre estes são suficientemente competentes para eliminar os vírus.

Como os papilomavírus são transmitidos?
A transmissão é por contato direto com a pele infectada. Os HPV genitais são transmitidos por meio das relações sexuais, podendo causar lesões na vagina, colo do útero, pênis e ânus. Também existem estudos que demonstram a presença rara dos vírus na pele, na laringe (cordas vocais) e no esôfago. Já as infecções subclínicas são encontradas no colo do útero. O desenvolvimento de qualquer tipo de lesão clínica ou subclínica em outras regiões do corpo é bastante raro.

Como são essas infecções?
As infecções clínicas mais comuns na região genital são as verrugas genitais ou condilomas acuminados, popularmente conhecidas como "crista de galo". Já as lesões subclínicas não apresentam nenhum sintoma, podendo progredir para o câncer do colo do útero caso não sejam tratadas precocemente.

Como as pessoas podem se prevenir dos HPV?
O uso de preservativo (camisinha) diminui a possibilidade de transmissão na relação sexual (apesar de não evitá-la totalmente). Por isso, sua utilização é recomendada em qualquer tipo de relação sexual, mesmo naquela entre casais estáveis.

Como os papilomavírus podem ser diagnosticados?
As verrugas genitais encontradas no ânus, no pênis, na vulva ou em qualquer área da pele podem ser diagnosticadas pelos exames urológico (pênis), ginecológico (vulva) e dermatológico (pele). Já o diagnóstico subclínico das lesões precursoras do câncer do colo do útero, produzidas pelos papilomavírus, é feito através do exame citopatológico (exame preventivo de Papanicolaou). O diagnóstico é confirmado através de exames laboratoriais de diagnóstico molecular, como o teste de captura híbrida e o PCR.

Onde é possível fazer os exames preventivos do câncer do colo do útero?
Postos de coleta de exames preventivos ginecológicos do Sistema Único de Saúde (SUS) estão disponíveis em todos os estados do país e os exames são gratuitos. Procure a Secretaria de Saúde de seu município para obter informações.

Quais os riscos da infecção por HPV em mulheres grávidas?
A ocorrência de HPV durante a gravidez não implica obrigatoriamente numa má formação do feto nem impede o parto vaginal (parto normal). A via de parto (normal ou cesariana) deverá ser determinada pelo médico após análise individual de cada caso.



É necessário que o parceiro sexual também faça os exames preventivos?

O fato de ter mantido relação sexual com uma mulher infectada pelo papilomavírus não significa que obrigatoriamente ocorrerá transmissão da infecção. De qualquer forma, é recomendado procurar um urologista que será capaz - por meio de peniscopia (visualização do pênis através de lente de aumento) ou do teste de biologia molecular (exame de material colhido do pênis para pesquisar a presença do DNA do HPV), identificar a presença ou não de infecção por papilomavírus.

Qual o tratamento para erradicar a infecção pelo papilomavírus?
A maioria das infecções é assintomática ou inaparente e de caráter transitório. As formas de apresentação são clínicas (lesões exofíticas ou verrugas) e subclínicas (sem lesão aparente). Diversos tipos de tratamento podem ser oferecidos (tópico, com laser, cirúrgico). Só o médico, após a avaliação de cada caso, pode recomendar a conduta mais adequada (Fig. 4).

Qual é o risco de uma mulher infectada pelo HPV desenvolver câncer do colo do útero?
Embora estudos epidemiológicos mostrem que a infecção pelo papilomavírus é muito comum (de acordo com os últimos inquéritos de prevalência realizados em alguns grupos da população brasileira, estima-se que cerca de 25% das mulheres estejam infectadas pelo vírus), somente uma pequena fração (entre 3% a 10%) das mulheres infectadas com um tipo de HPV com alto risco de câncer desenvolverá câncer do colo do útero.

Há algum fator que aumente o risco de a mulher desenvolver câncer do colo do útero?
Há fatores que aumentam o potencial de desenvolvimento do câncer de colo do útero em mulheres infectadas pelo papilomavírus: número elevado de gestações, uso de contraceptivos orais (pílula anticoncepcional), tabagismo, pacientes tratadas com imunosupressores (transplantadas), infecção pelo HIV e outras doenças sexualmente transmitidas (como herpes e clamídia).

Parecer sobre a vacina profilática contra o HPV

Posicionamento do Ministério da Saúde

A discussão sobre a incorporação da vacina contra HPV no Brasil, no âmbito do Ministério da Saúde, até o momento, foi feita em duas etapas, a primeira pelo Grupo de Trabalho constituído pela Portaria GM/MS No 3.124, de 7 de dezembro de 2006, sob a coordenação executiva do Instituto Nacional de Câncer, cujas principais conclusões e sugestões, em 11 de abril de 2007, foram:


Conclusões



a) Existem ainda importantes lacunas de conhecimento científico sobre a vacina, tais como a duração da imunidade conferida, o uso em imunodeprimidos e gestantes, e a necessidade de vacinação de reforço.

b) A indicação atual da vacina está limitada à população feminina de 9 a 26 anos, porém ela só confere imunidade para aquelas mulheres ainda não expostas aos HPV tipos 6, 11, 16 e 18, situação esperada apenas para mulheres que não iniciaram atividade sexual.

c) A implantação de um programa de imunização específico exigirá o desenvolvimento de nova infra-estrutura operacional e de vigilância epidemiológica, incluindo suporte laboratorial para identificação e monitoramento da circulação dos diversos tipos de HPV no país, ainda não disponíveis no SUS.

d) O gasto estimado para a vacinação de meninas somente na faixa etária de 11 a 12 anos, para uso durante um ano, tomando-se por base o preço comercial no país aprovado pela ANVISA para as três doses significaria um montante de 1,857 bilhão de reais. O orçamento para a aquisição dos 44 imunobiológicos (vacinas e soros) para o Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde para o ano de 2006 foi de 750 milhões de reais. Portanto, a inclusão da vacina contra o HPV significaria um incremento de quase três vezes o orçamento do Programa Nacional de Imunizações.

e) A FIOCRUZ, através do Instituto Bio-Manguinhos, já manifestou interesse na fabricação da vacina e vem trabalhando no sentido de verificar a situação de patentes e a existência de condições técnicas e operacionais para o desenvolvimento nacional, bem como vem analisando alternativa para transferência de tecnologia.

Sugestões
1. Fortalecer as ações de controle para o câncer do colo do útero, já estabelecidas pelo Ministério da Saúde e coordenadas pelo INCA, na lógica de integração de todas as ações que visam à melhoria da atenção à saúde da mulher.

2. Estruturar a rede de laboratórios da CGLAB/DEVEP/SVS para a identificação e o monitoramento da infecção pelo HPV.
3. Realizar os seguintes estudos, a serem promovidos pelo DECIT/SCTIE:
a. inquérito de prevalência para conhecer a distribuição dos tipos de HPV no Brasil;
b. análise de custo-efetividade;
c. revisão sistemática sobre a efetividade da vacina contra o HPV em mulheres.

4. Criar condições para a produção nacional de vacina através do desenvolvimento interno ou pelo processo de transferência de tecnologia para o parque produtor nacional público, a exemplo de outras vacinas do calendário oficial do Programa Nacional de Imunização da Secretaria de Vigilância em Saúde, com vistas à garantia de autonomia e sustentabilidade da vacinação contra o HPV.

5. O grupo não recomenda a incorporação da vacina contra o HPV, no momento, como política de saúde pública.
6. esta recomendação deverá ser revista assim que as medidas sugeridas possam oferecer subsídios suficientes para análise ou a partir de estudos populacionais de grande impacto na ocorrência do câncer do colo do útero.

Em 10 de fevereiro de 2010, o Ministério da Saúde, pela Portaria GM/MS No 310, constituiu novo Grupo de Trabalho, também sob a coordenação executiva do Instituto Nacional de Câncer, para avaliar os resultados do Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero, correlacionando seus indicadores de processo e gestão com a evolução das curvas de incidência e mortalidade, nacional e regionalmente; indicar, de modo sistemático, pontos fortes e fracos do atual Programa; elaborar propostas de aperfeiçoamento técnico e operacional do Programa; elaborar proposta de ação dirigida às regiões de mais altas taxas de incidência e mortalidade; avaliar o estado da arte de novas tecnologias para a prevenção e controle do câncer de colo útero e propor estudos dirigidos para a realidade do Brasil.

Este grupo fez a discussão sobre a incorporação da vacina contra HPV no Brasil foi feita de forma integrada, levando em consideração as sugestões e recomendações elaboradas pelo grupo de trabalho anterior. A discussão considerou as duas vacinas atualmente disponíveis e aprovadas pela ANVISA para uso no Brasil, sendo uma quadrivalente (Gardasil, Merck®) e outra bivalente (Cervarix, Glaxo-Smith-Kline®) com fim de prevenção primaria para câncer do colo de útero, concluindo que as evidências científicas disponíveis até o momento relacionadas à vacinação contra o HPV indicam que:
· Ambas as vacinas são profiláticas, isto é, a proteção conferida é maior quando aplicada em mulheres livres da infecção, ou, antes do início da vida sexual.
· Não há diferença de eficácia entre as duas vacinas em relação à prevenção de lesões intraepiteliais cervicais.

· Dificuldades de adesão ao esquema vacinal apontam para efetividade menor do que aquela observada nos ensaios clínicos.
· Ainda existem lacunas de conhecimento relacionadas à duração da eficácia, à eventual necessidade de dose de reforço e à proteção cruzada.
· A abrangência da proteção conferida pela vacina é dependente da proporção dos tipos 16 e 18 de HPV prevalentes na população.
· A vacinação não exclui a necessidade do rastreio e causa impacto significativo no custo do sistema de saúde sem correspondente economia para as ações de rastreamento.
· A redução da prevalência de lesões intraepiteliais cervicais aponta para necessidade de utilização de testes mais sensíveis e específicos para o rastreio de populações vacinadas.
· As desigualdades existentes de acesso ao rastreio poderão ser perpetuadas no acesso as vacinas.

Ademais, em função da própria história natural da doença, espera-se um impacto da vacinação na redução do câncer em 30-40 anos. No entanto há necessidades atuais na perspectiva do controle do câncer de colo uterino que podem ser atendidas pela ampliação e qualificação do rastreamento e tratamento das lesões precursoras e dos casos de câncer detectados, que podem ter impacto na redução da mortalidade em aproximadamente 10 anos, principalmente na população com maior incidência deste tipo de câncer.

Adicionalmente foram prestados esclarecimentos sobre os processos de incorporação tecnológica no âmbito de Ministério da Saúde e, consequentemente, o grupo concluiu que a incorporação da vacina contra HPV na realidade atual não é factível, pois levaria à inviabilidade do equilíbrio no financiamento do SUS. O grupo também considerou prudente se esperar o resultado do estudo que se encontra em desenvolvimento, financiado pelo DECIT/MS, sobre custo-efetividade da vacina no Brasil. Os resultados deste estudo podem ser conclusivos para uma decisão futura sobre o tema.

Quanto à orientação de incorporação tecnológica para uma futura produção nacional por laboratórios públicos que já produzem outras vacinas no Brasil, o grupo também sugeriu cautela em função da existência de estudos que avaliam a disponibilidade, prevista para os próximos anos, de uma nova geração de vacinas contra HPV mais efetivas que as atuais.

Assumindo a competência para a qual foi constituído, o Grupo de Trabalho elaborou propostas para o aperfeiçoamento técnico e operacional do Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero. As proposições foram realizadas após ampla análise do cenário nacional, com avaliação da estrutura e das estratégias para alcançar os objetivos de redução das taxas de incidência e mortalidade por câncer de colo do útero preconizados pelo programa. As propostas apresentadas pelo grupo de trabalho foram sistematizadas pelos redatores em cinco eixos e apresentadas de acordo com a prioridade estabelecida. O Eixo 5 contemplou a avaliação de alternativas de ações para o controle do câncer de colo sendo uma das propostas ¿orientar gestores sobre as consequências da adoção não criteriosa do uso das vacinas com possível impacto negativo desta prática na alocação de recursos financeiros disponíveis para a assistência à saúde¿.

Posicionamento da Organização Mundial da Saúde
No âmbito mundial, a Organização Mundial da Saúde recomenda que a vacinação rotineira contra HPV seja incluída nos programas nacionais de imunização contanto que a prevenção do câncer colo do útero e de outras doenças relacionadas ao HPV representem uma prioridade em saúde pública; seja factível a introdução da vacinação através do programa nacional de imunização; a sustentabilidade do financiamento possa ser assegurada e a custo-efetividade das estratégias de vacinação no país ou região seja considerada. 

Segundo a OMS, as vacinas contra HPV devem ser introduzidas como parte de uma estratégia coordenada para a prevenção do câncer colo do útero e de outras doenças relacionadas ao HPV, e, principalmente, não deve diminuir ou desviar recursos dos programas de rastreamento, pois a continuidade dos mesmos é imprescindível.

No caso da vacinação ser implementada é necessário garantir o monitoramento e registro em longo prazo da cobertura alcançada; dados individuais da população vacinada; vigilância de efeitos adversos; impacto na prevalência de subtipos de HPV, incidência de condilomatose anogenital, anormalidades citológicas, lesões precursoras e câncer invasivo e mortalidade por câncer invasivo.

Vacinação em homens
A eficácia da vacina contra HPV foi comprovada em homens para prevenção de condilomatose genital e neoplasia intraepitelial peniana. Todavia não foi avaliado o impacto dessas doenças, provavelmente não prioritárias, em saúde pública.

Teoricamente, se os homens forem vacinados contra HPV, as mulheres estariam protegidas através de imunidade indireta ou de ¿rebanho¿, pois o vírus é sexualmente transmissível. Entretanto, estudos que avaliaram a custo-efetividade das vacinas para a prevenção do câncer do colo do útero através de modelos matemáticos mostraram que um programa de vacinação de homens e mulheres não é custo-efetivo quando comparado com a vacinação exclusiva de mulheres.

Em caso de dúvida, envie sua pergunta para o atencao_oncologica@inca.gov.br

inca.gov.b

Patos-PB - Posse e os desafios pela frente

Osvaldo Medeiros-patosonline

Toma posse a prefeita Francisca Motta (PMDB). Recebe a prefeitura de Patos, cidade que lhe projetou na política estadual e depois de tantos anos de vida pública, consegue realizar seu maior sonho que sempre foi ser a prefeita, como costuma dizer a todos os patoenses. Sonho esse realizado e consciente, acima de tudo, dos desafios que terá de enfrentar. Desafios estes, visto por alguns, como pepino, mas por outros como abacaxi deixado pela administração passada, mas promete honrar para o bem da cidade.

Entra com algumas mudanças no seu secretariado a exemplo de Francisco Nunes, ex-Sebrae, na pasta de consultoria e Ilana Motta na Saúde. Prometendo dar autonomia a todos os seus auxiliares e em contra partida, já advertindo da responsabilidade que terá cada um junto às mesmas. Terão sua confiança, porém, ao mesmo tempo, serão cobrados das metas a serem cumpridas. É assim sua pretensão de governar e vencer não só os desafios do passado, como proporcionar a todos os patoenses novos projetos com uma melhor qualidade de vida, principalmente nas áreas da saúde, educação, meio ambiente e em tantos outros.

Uma Câmara diferente
Quem foi à Câmara Municipal de Patos no último dia primeiro para prestigiar a posse da prefeita eleita Francisca Motta, a maioria  pode  ter certeza da péssima impressão passado por este poder. Nunca se tinha visto tanta baderna, desorganização e falta de respeito como podemos todos presenciar nesse recinto nesse dia para a escolha da nova mesa diretora da Câmara. Enquanto alguns vereadores eram aplaudidos,  outros eram vaiados e insultados até mesmo dentro no plenário a exemplo, do vereador Jefferson Melquiades, que durante todo tempo teve sua voz abafada pelos gritos vindo das galerias incentivados justamente por quem deveria está ali para dar bom exemplo e não de dentro do plenária ficava aos gritos insuflando e estimulando a violência. Um plenário, lugar esse reservado para os vereadores, mas nesse dia foi totalmente invadido por seus  familiares, secretários do município, assessore e por certas pessoas que foram para ali com a única finalidade, de tumultuar esta casa, deixando até mesmo alguns vereadores temerosos e acuados.

Com toda sinceridade, hoje não vejo mais essa casa como na época em que cobria as sessões com os companheiros, Edileuson Franco, Inácio Bento, Abraão, Geraldão, José Augusto Longo (ex-vereador) e tantos outros onde, o respeito estava acima de tudo. Nenhuma pessoa tinha acesso ao plenário se não convidado de honra e ai daquele que ousasse entrar sem permissão. As pessoas tinham respeito ao Legislativo. Até mesmo nós jornalistas, só entrávamos neste recinto antes das sessões para as entrevistas.

Muito diferente de hoje. Em que os vereadores são insultados, vaiados e desrespeitados não só por quem está nas galerias como também por aqueles que entram para o plenário com ou sem permissão, numa afronta total a este poder. Se assim continuar, só Deus tem o poder de evitar um grande derramamento de sangue nesse local, porque arma é que não falta e incentivo à violência muito mais. Vamos apelar para o bom senso!!

Inaugura
Oficialmente, a Caixa Econômica Federal entrega timidamente sua segunda agencia na cidade de Patos, porém o público só terá acesso a mesma quando forem concluídos todos os serviços. Aproveitando dessa falha, já estão chamando agência Canal do Frango. Inaugurada por etapa.

Estão especulando
A turma ligada nos grandes eventos sociais de nossa Patos já está especulando quem a prefeita Francisca Motta vai confiar tal pasta em sua administração. Anteriormente, totalmente administrada pela ex-primeira Dama Milena Brito. Apesar das criticas, conseguiu se manter no cargo sem dar satisfação a ninguém, principalmente à Câmara, que segundo uma fonte por várias vezes lhe cobrou as prestações de contas das festividades juninas e até hoje continuam sem resposta. A quem prestava contas? Provavelmente a coordenação do São João deverá ficar sob responsabilidade do ex-prefeito Nabor Wanderley, segundo se cogita.

E a Caixa de Santa Luzia?
Pelo que se tem notícias, o deputado Luiz Couto foi quem conseguiu trazer a agência da Caixa Econômica para Santa Luzia, mas pelo visto quem assumiu a paternidade às véspera de sua inauguração foi o seu colega de Câmara Efraim Filho. Jogou carros de sons nas ruas convidando o povão para a inauguração e nem de longe apareceu o nome de Luiz Couto. Será? E os assessores de Couto deixaram essa passar?

Canal?
O “Canal do Frango”, segundo comenta-se, era para ter sido entregue totalmente no dia 24 de outubro (2012).  Porém, a data passou e nada da obra. Recentemente, num grande aparato festivo o ex-prefeito Nabor Wanderley inaugurou, com direito a placa e tudo mais, a primeira etapa (40%), ficando o restante para o mês de março, o que muita gente acredita que não dá para concluir até lá, tendo em vista a não agilização dos trabalhos no trecho entre o Geo até o Morro. Também, estão duramente criticando o “asfalto” colocado nas margens dos 40% concluído. Alegam que não passa de uma pequena camada de brita com garapa de asfalto e não vias de asfaltos como foi anunciado.

Também acham?
Para muitos, engana-se quem acha que a Secretária de Saúde de Patos Ilanna Motta se contenta só com tal secretaria. Anda com toda certeza pensando ir mais longe na vida pública. Acreditam que a mesma será a candidata do partido (PMDB) em nível local para a Assembleia Legislativa no próximo pleito.  Embora, muitos apostam que Nabor será o indicado, mas os mais próximos da atual prefeita veem, atualmente, Ilanna Motta com mais aceitação. É o que também escuto.

Fórum da vergonha
É lamentável o estado de abandono do prédio do Fórum Eleitoral de Patos que leva o nome do advogado Manoel Messias do Nascimento (em memória). Construído em cima de um lixão, com pouco tempo apresentou sérios problemas em toda sua infraestrutura onde tiveram que sair às pressas para reforma. Pelo visto, enquanto a construtora responsável e justiça não chegam a um denominado comum, o prédio quase já não mais existe. O vandalismo adotou e com pouco tempo saqueou tudo. A importância que teve Dr. Messias para Patos merecia coisa melhor e não seu nome numa obra sonrisal.

Tímido
O vereador Toinho Nascimento que chegou nesse pleito a Câmara de Patos pelo voto por merecimento das pastorais, familiares e seus amigos, chega a este poder muito diferente de que todos esperavam. Acreditavam que o mesmo ia chegar com total independência e acima de tudo ditando regras. Chegou calado e sem aquela reação esperada para a decepção de seu gratuito eleitorado.

Vai apoiar?
Bastou o vereador Ivanes Lacerda participar na última da Nova Mesa Diretora da Câmara na chapa encabeçada pela situação, para os especuladores jogarem no ventilador que o mesmo vai votar para federal em Hugo Motta e Nabor para estadual. Será? Novos tempos!!!!
 
Volto a dizer
 A verdade tem que ser dita. Volto a dizer sem medo de está cometendo injustiça. 90% dos acidentes ou mais envolvendo ambulâncias são puramente por imprudência dos motoristas. Se nas cidades colocam em risco suas vidas e a dos outros, nas rodovias nem se fala. Ultrapassam nas faixas permitidas e muito mais nas não permitidas. Que seja no deslocamento com os pacientes e da mesma forma nos retornos. Acredito que com prudência tem mais chance de salvar quem vai doente, como também de evitar de por em risco a vida de quem vem certo nas BRs. É melhor perder um minuto na vida de que a vida no minuto!!!!!

Agentes de Trânsito denunciam privilégios na STTrans de Patos-PB


O presidente do Sindicato Intermunicipal dos Agentes de Trânsito da Paraíba – SINATRAN-PB, está realizando neste sábado, dia 05, uma reunião com toda a categoria dos agentes na cidade de Patos para deliberar sobre uma paralisação por tempo indeterminado. De acordo com Sindicato, um dos principais motivos é o não pagamento dos salários do mês de dezembro. Questões sobre a falta de funcionários, sucateamento do órgão e tratamento diferenciado de alguns agentes de trânsito pode estar desgostando a categoria.
Um dos itens das reivindicações é a imediata convocação dos Agentes de Trânsito aprovados no concurso, e que por motivos alheios ao SINATRAN não constam nas chamadas realizadas nos últimos dias para servidores públicos.
“Apesar de o superintendente admitir o problema do contingente reduzido, ele liberou três servidores para ficar a disposição de outras secretarias. O novo superintendente já assume a gestão privilegiando grupos dentro do órgão. Nós não somos contra a liberação de servidores, desde que, sejam convocados os que foram aprovados no concurso” relatou o Presidente do Sindicato.
“A gestão em época de eleição orienta seus agentes aliviar a fiscalização e agora vem cobrar mais dedicação quando não existe contingente suficiente?! Isso o Sindicato não admite em hipótese alguma! O desejo da categoria é de parar”, finalizou o Presidente do Sindicato.
A redação fez contato com o superintendente. “Nós vamos fazer na STTrans um trabalho sério. Várias questões no órgão desgastou a sua imagem diante da sociedade patoense e eu quero desfazer essa imagem negativa. Vou conversar com a Prefeita sobre a convocação dos concursados e espero que a prefeita possa convocá-los em breve. Segunda-feira (dia 07) vamos para as ruas”, relatou o Superintendente.
O Superintendente ainda esclareceu que o expediente dos agentes mudará. Agora as escalas diárias serão de seis horas de trabalho. Dessa forma o órgão terá um contingente de 13 agentes para melhor atender a população de Patos. 
Jozivan Antero – Patosonline

População acompanha construção da ponte da Alça Sudeste em Patos-PB


A Prefeita de Patos, acompanhou nesta sexta-feira, 04 de janeiro, o andamento dos trabalhos de construção da ponte da Alça Sudeste.

Unindo-se a moradores da Rua 18 do Forte, Espinharas e adjacências, que também acompanhavam os trabalhos, a Prefeita Francisca falou da ansiedade da população para com a conclusão da obra.
 
“É muito importante você está à frente de uma Prefeitura com a responsabilidade de concluir obras estruturantes, como as que o ex-Prefeito  deixou para que a nossa administração continue. Chama atenção, a quantidade de pessoas que estão vindo acompanhar o andamento dos trabalhos da Alça,” relatou.
 
A Prefeita falou ainda sobre a primeira semana de execução administrativa após sua posse. “Os primeiros dias prendem muito o gestor as atividades burocráticas, exigindo uma atenção muito grande para com os trabalhos internos. Mas, o que eu gosto mesmo é de visitar obras, faz parte de mim, acompanhar, visitar, opinar e sentir da população uma avaliação que esta nos oferece naturalmente. É isso que irei fazer em todo o meu mandato,” acrescentou a Prefeita.
 
Há 55 anos morando na Rua Espinharas, o senhor Francisco Campos antecipou a ansiedade de ver Alça Sudeste pronta. “A obra esta adiantada e está andando bem. Vai ficar muito bom, tanto para quem mora do outro lado, como para nós que temos fábrica de calçado, pois vai valorizar muito. É uma alegria muito grande, não só para mim, mas para a população de Patos, pois é uma obra que vai entrar para a história. A gente esperava há muito tempo, e agora estamos vendo nascer. Queria que toda população de Patos pudesse visitar esta obra tão bonita,” avaliou o morador.
 
O ex-prefeito de Patos ressaltou a importância da obra para Patos. “É um espaço muito grande da nossa cidade, que não se desenvolveu pela falta de acesso. Com esta obra concluída, não tenho dúvidas que daqui a cinco anos, esta área leste da cidade, próximo ao aeroporto, estará bem habitada. Sempre que posso estou acompanhando, mesmo não estando à frente da Prefeitura, estou juntamente com a população visitando a obra e torcendo para que a Prefeita possa entregá-la o mais rápido possível, para servir a toda população,” finalizou o ex-Prefeito.
 
Com mais de 60% (sescenta por cento) concluída, a previsão de término da obra é para o primeiro trimestre de 2013.

Ascom PMP - patosonline

Estouramento de tubulações da CAGEPA em Patos-PB


“A CAGEPA vive um novo momento com problemas antigos que estão sendo enfrentados diariamente”, revelou Maciel Damacena, diretor da Companhia de Águas e Esgotos da Paraíba – CAGEPA /Regional das Espinharas.
Nesta quarta-feira, dia 02, na Rua Pedro Firmino, em pleno centro da cidade, houve um estouramento que prejudicou o abastecimento de água em vários bairros, entre esses; Centro, Liberdade, Jardim Califórnia, e Brasília. 12 trabalhadores estiveram envolvidos no conserto que durou mais de 24 horas substituindo a parte danificada do cano de amianto por canos de PVC.
O estouramento da tubulação que leva água para vários bairros da cidade de Patos tem revelado dois fatores importantes: 1º - A rede antiga começa a dar sinais de desgaste e 2º - Pela primeira vez tem água suficiente nos reservatórios que dá pressão nas tubulações, apesar da seca que assola a região.
As redes de água através das tubulações centrais da CAGEPA, em Patos, estão com mais de 30 anos de instalação. Material que já não é mais recomendado em encanação, por exemplo, os canos de amianto dão sinais de desgastes ao estourar devido à pressão ocasionada pela cheia dos reservatórios de tratamento d’água.
Em contato com Tarcísio Fontes, coordenador do setor de manutenção, foi relatado que os canos estão sendo substituídos aos poucos quando acontecem esses problemas de estouramento. “São sinais de desgastes com o tempo. Mas sempre que esses fatos ocorrem à equipe está de prontidão”, relatou.    
Neste sábado, dia 05, houve estouramento de adutora próximo à cidade de Santa Terezinha – PB. A adutora foi construída em 1993, pelo então governador da época, Ronaldo Cunha Lima.
De acordo com Maciel Damacena, a CAGEPA tem dado respostas rápidas em todas as situações de problemas encontrados. “As pessoas leigas veem um problema e querem solução imediata por não enxergar a dimensão do que esses significam. A CAGEPA vive trabalhando dia e noite para resolver questões das mais diversas e vai continuar nesse ritmo”, relatou Maciel. 
Jozivan Antero - Patosonline

SAIBA PORQUE ESTÁ CHOVENDO NA PARAÍBA E CONFIRA A PREVISÃO DO TEMPO

reprodução - web

Nos últimos dias os paraibanos foram surpreendidos com o aumento no volume de chuvas por todo o estado. Esse fenômeno foi registrado pelos meteorologistas como anomalias climáticas e devem permanecer neste mês de janeiro. 

De acordo com o especialista em mudanças climáticas, Raimundo Mainá, do Instituto de Meteorologia em Campina Grande , o aumento da nebulosidade na Paraíba está ocorrendo por conta do registro de ciclones na atmosfera de todo o Nordeste. 

Confira abaixo, tabela com a previsão do tempo para os próximos três dias na Paraíba: 

Região
Previsão
Temperatura
Vento
Litoral
Nebulosidade variada com chuva a qualquer hora do dia
Máx.: 30º Mín.: 25º
Fraco e moderado
Brejo
Nebulosidade variada com chuva a qualquer hora do dia
Máx.: 29º Mín.: 20º
Vento fraco e moderado
Agreste
Nebulosidade variada com chuva a qualquer hora do dia
Máx.: 29º
Mín.: 21º
Vento Fraco e moderado
Cariri/Curimataú
Estável com pancadas de chuva no final do dia
Máx.: 32º
Mín.: 21º
Vento Fraco e moderado
Sertão
Estável com pancadas de chuva no final do dia
Máx.: 35º
Mín.: 24º
Vento Fraco e moderado
Alto Sertão
Estável com pancadas de chuva a tarde e a noite
Máx.: 33º
Mín.: 22º
Vento fraco e moderado
 Pollyana Sorrentino - boaventurapb

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Malabarismo contábil do governo leva Caixa a virar sócia até de frigorífico

reprodução -web

Para ajudar nas manobras fiscais do governo, a Caixa Econômica Federal se tornou sócia de frigorífico, fabricante de autopeças, de bens de capital, processador de minério, entre outras empresas privadas. As operações foram feitas para sustentar parte da operação montada pelo governo federal para arrumar dinheiro para cumprir a meta fiscal, das contas públicas, de 2012.
O aumento de capital da Caixa autorizado pelo governo no fim de 2012, de R$ 5,4 bilhões, foi bancado em parte com ações que o BNDESPar - braço de investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - detinha em algumas empresas e repassou para o Tesouro. O restante foi financiado pela União com transferência de ações da Petrobrás.
A Caixa se recusou a informar o montante da capitalização que foi bancado por ações de companhias privadas e quais foram as empresas envolvidas. O uso das ações no processo de capitalização do banco só veio a público porque JBS (frigorífico), Romi (bens de capital), Mangels (autopeças) e Paranapanema (processamento de cobre), que têm ações negociadas na bolsa, comunicaram ao mercado sobre a saída do BNDESPar e entrada da Caixa na composição acionária.
Só nessas quatro empresas foram R$ 2 bilhões em participação acionária para a Caixa, mas o valor pode ser maior. O BNDESPar informou que repassou a União ações em 10 companhias diferentes. Além das quatro já mencionadas, estão Petrobrás (petróleo), Eletrobrás (energia), Vale (minério ), Cesp (energia), Metalfrio (refrigeradores) e Vulcabrás (calçados).
O valor das ações repassadas pelo BNDESPar a União chega a quase R$ 6 bilhões - suficiente, para bancar com sobra o aumento de capital feito na Caixa. A Petrobrás responde por mais da metade (R$ 3,15 bilhões), seguida por JBS (R$ 1,79 bilhão) e Vale (R$ 446,9 milhões).
A Caixa informou apenas, por meio de nota, que "não realizou de forma ativa nenhum investimento em participações acionárias". O movimento de ações acima de um determinado limite força as companhias a divulgar a operação como um todo para o mercado financeiro. Se a Caixa ficou com ações de outras empresas abaixo desse limite, não é obrigada a informar.
As ações repassadas à União para ajudar nas manobras fiscais correspondem a 8,7% das ações disponíveis para a venda que a BNDESPar dispunha para a venda em setembro (último balanço divulgado). A assessoria de imprensa do BNDES disse que a operação total gerou lucro, mas não informou quanto. A venda das ações do JBS, por exemplo, deu prejuízo de R$ 300 milhões, pois o BNDES comprou os papéis a R$ 7 em maio de 2011 e entregou a R$ 6 para a União.
Meta. A elevação de capital da Caixa compensou o repasse de dividendos - R$ 4,7 bilhões - que o banco fez para o Tesouro para garantir recursos para a meta fiscal de 2012. No ano passado, a Caixa repassou R$ 7,7 bilhões em dividendos. Até setembro, o banco lucrou R$ 4,1 bilhões.
Com a queda na arrecadação, o governo teve sérias dificuldades para economizar R$ 139,8 bilhões para o pagamento de juros da dívida. Por isso, fez uma conjunto de operações para gerar uma "receita extra". Ao todo, injetou R$ 19,4 bilhões no cofre. O maior montante - R$ 12,4 bilhões - veio do Fundo Soberano do Brasil. O BNDES antecipou R$ 2,3 bilhões em dividendos e a Caixa outros R$ 4,7 bilhões.

msn-Estadão

CONDENADO E ACUSADOS TOMAM POSSE COMO DEPUTADOS FEDERAIS

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Três minutos antes de o ex-presidente do PT José Genoino entrar na sala da Presidência da Câmara para tomar posse, o delegado alagoano Francisco Tenório passou pelo mesmo corredor sem ser notado pelo batalhão de jornalistas e curiosos. Chico Tenório, como é conhecido, voltou nessa quinta-feira, 3, à Casa após ter passado um ano na prisão e outros sete meses com um tornozeleira eletrônica de monitoramento, por causa de dois processos em que é acusado de encomendar assassinatos. No caminho e durante a solenidade de posse, nenhuma pergunta foi lhe dirigida.

O parlamentar do PMN assumiu a vaga de Célia Rocha (PTB), eleita para a Prefeitura de Arapiraca (AL).

Tenório exerceu mandato de deputado na legislatura passada. Assim que deixou a Câmara, em fevereiro de 2011, teve prisão preventiva decretada pela Justiça estadual. Segundo a acusação do Ministério Público, ele teria, na "posição de líder de uma organização criminosa atuante em Alagoas", ordenado a ação que resultou na execução de duas pessoas em 2005. Ele também é processado como autor intelectual do assassinato de um ex-policial militar nos anos 90.

Tenório passou o Natal de 2011 na cadeia. Dois meses depois, a Justiça alagoana revogou a prisão, substituindo-a pelo monitoramento eletrônico com tornozeleira - ele não poderia deixar Maceió e deveria estar em casa antes das 20 horas. Foi liberado do equipamento em setembro, por ordem do Tribunal de Justiça de Alagoas.

Abordado pelo Estado na saída da solenidade dessa quinta, Tenório estava rodeado por dez pessoas, entre apoiadores e familiares. Ele conduziu a reportagem para um lugar vazio ao lado do plenário e, sozinho, se disse inocente. "Tenho certeza de que vamos chegar ao final (dos processos) mostrando a realidade dos fatos e reconhecendo a vítima que tenho sido nessas acusações."

Falando na terceira pessoa, o parlamentar afirmou que "a gente se sente na obrigação de cumprir o dever para o qual fomos eleitos, pelo voto popular". Tenório recebeu 51.864 votos.

Com a posse, as ações contra Tenório serão remetidas para o Supremo, Corte por onde os casos já haviam tramitado, na legislatura passada. A defesa espera um "julgamento isento" no STF. "A expectativa é positiva", disse o advogado Flávio Gomes.

Voucher. Também tomou posse ontem Colbert Martins (PMDB-BA), ex-deputado que ficou três dias preso em agosto de 2011. Ele foi detido pela Polícia Federal na Operação Voucher, que investigou desvios no Ministério do Turismo. "Eu quero que esse julgamento aconteça logo", disse. "Eu acredito muito na minha inocência e quero que seja resolvido."

Ricardo Brito - Estadão

BNDES aprova financiamento de R$ 2,4 bi para fábrica da Fiat em PE

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou a aprovação de financiamento de R$ 2,4 bilhões para a construção de nova fábrica de automóveis da Fiat, em Pernambuco. A planta terá capacidade para 250 mil unidades por ano e ficará no município de Goiana, informou o banco.
Além da nova unidade produtiva, o projeto contempla a instalação de uma fábrica de motores, um campo de provas, um parque de fornecedores para o desenvolvimento de novos veículos e investimentos sociais na comunidade local. O projeto aprovado pelo BNDES estima a geração de 4,5 mil empregos diretos e 12 mil indiretos no novo polo automotivo.
Segundo o BNDES, o projeto terá ainda impactos sobre as encomendas da indústria de bens de capital. Os investimentos em máquinas e equipamentos nacionais serão de aproximadamente R$ 2,8 bilhões.
O governo de Pernambuco, em parceria com Sesi e Senai, promoveu um programa de qualificação de mão-de-obra local para atuação na construção civil. Além disso, as universidades do Estado de Pernambuco e o Politécnico de Turim, na Itália, promoverão cursos de qualificação para atender às necessidades do polo automotivo.
As obras civis da nova fábrica deverão ser concluídas no primeiro semestre de 2014 e a planta tem previsão de entrada em operação no primeiro semestre de 2015. O projeto inclui a produção de novos modelos para o mercado nacional e para exportação. A fábrica ocupará área de 3,3 milhões de metros quadrados.
Já a fábrica de motores ocupará área de 50 mil metros quadrados e terá capacidade para a fabricação de 150 mil motores/ano e geração de 550 empregos diretos. Os motores serão desenvolvidos visando à redução do consumo de combustíveis e melhora da performance dos veículos. A fábrica será composta de linhas de montagem e uma área de testes.
No campo socioambiental, a Fiat, em parceria com o governo do Estado de Pernambuco, vai construir uma Unidade de Atendimento em Especialidades Médicas no município de Goiana, para consultas, serviços de diagnóstico, orientação terapêutica e cirurgias. O investimento total é estimado em R$ 23 milhões. Além disso, a nova planta industrial utilizará conceitos modernos de sustentabilidade, com reúso da água, aproveitamento de luz natural e da energia solar e coleta seletiva de lixo.
Agência Estado

Luiz Fux pode esperar chumbo grosso em 2013 - resta-nos torcer para que a chantagem não tenha lastro


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O ministro Luiz Fux, do STF, continua na mira dos petistas. E eles não o deixarão tão cedo, a menos que este membro da corte máxima do país pague a fatura na qual figura, segundo os petistas, como devedor. O mensalão já é jogo jogado. Ainda que o tribunal venha a admitir os embargos infringentes, de divergência, é difícil supor que Fux dê um voto oposto àquele que proferiu durante o julgamento. Mas sabem como é: o governo tem muitas demandas no Supremo. A coisa está feia: para o tribunal, para Fux, para as instituições. E o ministro pode se preparar porque vem mais bomba por aí.

O mais recente ataque a Fux partiu de Gilberto Carvalho, ninguém menos: ele é, por excelência, o braço de Lula no governo Dilma, mas é também homem de confiança da presidente. Quando fala, ele o faz em nome da chefe, a menos que seja desautorizado. E ele não foi. O que fez Carvalho?

Afirmou num programa de TV que manteve um encontro com Fux antes de este ser nomeado para o Supremo e que o então candidato a ministro lhe havia assegurado que lera o processo do mensalão e não encontrara provas contra os réus. Mais uma vez, os petistas estão afirmando, por palavras nem tão oblíquas, que Fux lhes prometera uma coisa — “matar a bola no peito” — e não entregou o prometido.

É espantoso! Mais do que sugestão, o conjunto das declarações — de Carvalho, de Dirceu e do próprio Fux, em entrevista — nos autoriza, por indução, a concluir que um dos critérios para a indicação do agora ministro foi a sua opinião de então sobre o mensalão. Depois, tudo indica, ele mudou. Fux já confirmou ter estado com José Dirceu antes de ser indicado por Dilma. Reuniu-se também com João Paulo Cunha. O que um pretendente ao cargo máximo do Judiciário tem a conversar com dois réus daquele calibre? Ninguém sabe. E isso Fux também não conseguiu explicar na entrevista que concedeu.

Ao anunciar a suposta mudança de opinião de Fux, Carvalho está confessando o que eles lá, ao menos, tinham entendido como uma conspirata a favor dos mensaleiros. Pior: como foi Dilma que indicou o ministro, Carvalho e todos os que insistem nessa linha de argumentação comprometem a presidente com uma óbvia agressão ao Supremo e à independência entre os Poderes: Fux teria sido escolhido para cumprir uma missão — que não seria, por óbvio, fazer justiça.

Os antecedentes e o que se viuO leitor tem o direito de saber que petistas viviam falando pelos cantos, para repórteres, algo mais ou menos assim: “Fux tá no papo; é nosso!”. Os mais boquirrotos davam o acordo como celebrado. A metáfora do “matar a bola no peito” já era muito conhecida. Os votos do ministro pegaram, sim, os petistas de surpresa e, em larga medida, os jornalistas. E petistas não o perdoam por isso. Se acham Joaquim Barbosa — o “negro que nós [Eles!!!] nomeamos”, como disse João Paulo — ingrato, eles têm Fux na cota de um traidor.

E não pensem que já esvaziaram todo o saco de maldades. Pelo cheiro da brilhantina, como se dizia antigamente, vem mais coisa contra o ministro em 2013. Os mais exaltados chegam a prometer que ele terá de deixar o tribunal porque acabaria ficando provado que não tem condições de exercer a função. Até onde pode ir o ódio punitivo? É o que veremos.

O que não está claro no TRIBUNAL INFORMAL DO PETISMO é se há ou não condições de FUX ser reabilitado pela companheirada - vale dizer: ainda não se decidiu se vão lhe apresentar uma fatura, exigindo, em troca, o bom comportamento ou se a condenação já pode ser considerada transitada em julgado — nessa hipótese, só restaria mesmo o paredão.

A tropa não brinca em serviço. Nesse momento — e Fux não deve ignorá-lo —, a sua carreira de juiz no Rio está sendo escarafunchada. Não é que os petistas não gostem de uma coisa ou de outra e tenham sido tomados por um surto de moralidade ou de moralismo. Não! Vigora a palavra de ordem de sempre: “Quem está conosco é gente boa; quem não está vai para a boca do sapo”.

Fux pode se preparar que vem chumbo grosso por aí. Ou, então, se anula como membro da nossa Corte Suprema e se torna mero esbirro de um projeto partidário — nesse caso, tem até modelo a ser seguido. A “máquina” está lhe dizendo algo assim: “Ou se entrega, ou nós acabamos com a sua reputação”. A chantagem é asquerosa, e só resta ao país torcer para que as ameaças sejam inócuas porque brandidas no vazio.

Nunca antes na história destepaiz um ministro de estado confessou que um candidato a ministro do Supremo lhe havia feito juízo de mérito sobre um processo em tramitação na Corte para a qual este pretendia ser nomeado.

Se você acharam 2012 animado, esperem só para ver 2013…

Reinaldo Azevedo

Balança comercial tem pior superávit em 10 anos em 2012


Manobra de máquina, no Porto de Santos, litoral sul de São Paulo
O resultado anual foi US$ 10 bilhões (34%) menor do que no ano anterior (Ivan Pacheco)
A balança comercial brasileira registrou superávit de 19,43 bilhões de dólares em 2012. Segundo a série histórica do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), este foi o pior saldo dos últimos dez anos. O resultado decorreu de exportações de 242,58 bilhões de dólares e importações de 223,14 bilhões de dólares, informou o órgão nesta quarta-feira.
O resultado do ano passado foi 10 bilhões de dólares menor (queda de 34,76%) que o verificado em 2011, quando a balança brasileira fechou com saldo positivo de 29,79 bilhões de dólares. Em dezembro, o saldo ficou positivo em 2,25 bilhões de dólares, com vendas externas de 19,75 bilhões de dólares e importações de 17,49 bilhões de dólares. 
Em novembro, a balança comercial brasileira registrou déficit de 186 milhões de dólares. O saldo negativo foi fruto de exportações que totalizaram 20,47 bilhões de dólares e compras no exterior de 20,65 bilhões de dólares. Segundo a série histórica do MDIC, o resultado de novembro foi o pior para o mês desde 2000.
No ano e em dezembro, o saldo comercial ficou, ainda assim, acima da mediana das estimativas de analistas. No primeiro caso, o intervalo das projeções ia de 17,8 bilhões de dólares a 21,1 bilhões de dólares, com mediana de 19,2 bilhões de dólares. Para o mês passado, as estimativas variavam de 600 milhões de dólares a 3,9 bilhões de dólares, com mediana de 1,6 bilhão de dólares.
Categorias  Todas as categorias de produtos registraram queda na exportações em 2012. As vendas externas de manufaturados caíram 1,7% ante 2011, ao passo que os semimanufaturados desabaram 8,3% na mesma base de comparação. Já os embarques de produtos básicos diminuíram 7,4% no período.
As maiores quedas no grupo de manufaturados foram as de laminados planos, açúcar refinado, automóveis de passageiros, óxidos e hidróxidos de alumínio e suco de laranja não congelado. Por outro lado, cresceram as exportações de etanol, óleos combustíveis, aviões e motores e geradores elétricos, bombas e compressores.
Nos produtos básicos, a queda nas vendas foi puxada por café em grão, minério de ferro, petróleo em bruto e carne de frango, mas aumentaram os embarques ao exterior de milho em grão, algodão em bruto, farelo de soja, fumo em folhas, carne bovina e soja em grão.
No grupo de semimanufaturados, as maiores retrações foram registradas nas exportações de semimanufaturados de ferro e aço, alumínio em bruto, ferro fundido, açúcar em bruto, celulose e óleo de soja em bruto. No entanto, subiram as vendas externas de ferro-ligas, ouro semimanufaturado e couros e peles.
Parceiros – A China terminou 2012 como principal destino das exportações brasileiras e como principal origem das importações do Brasil. As importações brasileiras do gigante asiático subiram 4,4% em relação a 2011, somando 34,24 bilhões de dólares, enquanto as vendas externas ao país apresentaram queda de 7%, para 41,22 bilhões de dólares.
Os Estados Unidos foram o único destino das exportações brasileiras com aumento nos embarques em 2012, com alta de 3,5%. Para a União Europeia, as exportações do país caíram 7,7%, ao passo que, para o Mercosul, o recuo foi de 4,1%. Somente as vendas de produtos brasileiros para a Argentina diminuíram 20,7%.
Análise - Segundo a ministra interina do MDIC, Tatiana Prazeres, a queda de 5,3% nas exportações brasileiras em 2012 se deve essencialmente a três fatores: quedas nos preços internacionais, retração do mercado europeu e aumento das barreiras comerciais em outros mercados.
Ela explica que se o preço do minério de ferro tivesse permanecido no mesmo patamar de 2011, as exportações teriam sido 10,3 bilhões de dólares maiores, o que faria com que a queda no ano fosse de apenas 1,2%. Tatiana avaliou que a crise internacional também aumentou as barreiras comerciais em outros mercados, prejudicando as vendas de produtos brasileiros.
Segundo a ministra interina, o país registrou em 2012 o segundo maior valor da história em exportações (243 bilhões de reais) e importações (223 bilhões de reais). Para Tatiana, os recuos em relação a 2011 - quando as exportações somaram 256 bilhões de reais e as importações, 226 bilhões de reais - foram influenciados pela base de comparação elevada, já que os dois indicadores subiram 27% e 24,5% , respectivamente, em relação a 2010. 
"As exportações têm, sim, um bom desempenho. Estamos em um nível bastante alto", afirmou. "Estamos mantendo um patamar de comércio bastante elevado, que teve seu ápice em 2011."
Reuters e Estadão