quarta-feira, 6 de junho de 2012

Senado aprova projeto que moderniza Lei de Lavagem de Dinheiro


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O Senado votou hoje (5) projeto de lei que moderniza a Lei de Lavagem de Dinheiro. O substitutivo da Câmara dos Deputados foi aprovado por unanimidade pelos senadores presentes.

O texto aprovado considera a possibilidade de lavagem de dinheiro para qualquer recurso oriundo de atividade ilícita. Atualmente, a lavagem só é prevista em casos específicos como tráfico de drogas e contrabando. Além disso, pelo projeto, o réu não precisa mais ser condenado pelo crime que originou o recurso ilícito para que o Judiciário possa acolher a denúncia de lavagem de dinheiro.

Para evitar a deterioração dos bens resultantes de lavagem de dinheiro, o texto aprovado prevê também que eles possam ir a leilão rapidamente, evitando prejuízos ao Erário público. O dinheiro resultante da venda desses bens, no entanto, fica em uma conta vinculada e pode ser devolvido ao réu caso ele seja absolvido.

A futura lei também modifica o tratamento destinado aos chamados laranjas. Pelo texto, os bens deles também podem ser confiscados, caso o Judiciário entenda que há indícios suficientes de que são frutos de lavagens de dinheiro. A regra vale para parentes e demais pessoas envolvidas com os réus.

O projeto foi originado no Senado e substituído na Câmara dos Deputados. Agora, aprovada pela casa revisora, a matéria segue para sanção presidencial para virar lei. A presidenta Dilma Rousseff tem até 15 dias úteis para vetar ou sancionar o texto.

Mariana Jungmann-Agência Brasil

Tecnologia afetará bancos como afetou gravadoras


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O pesquisador da Universidade Federal de Pernambuco, Silvio Meira, defendeu, em palestra na noite de ontem, que o setor financeiro pode ser tão impactado em suas receitas no futuro como foram as gravadoras no final dos anos 90.

De acordo com o acadêmico, muitas pesquisas indicam que o fácil acesso à música digital foi o elemento mais determinante para a queda nas vendas de CDs em todo o mundo. Em sua visão, a disseminação de ferramentas de pagamentos eletrônicos que não cobram taxas de clientes e lojistas poderá excluir os bancos de boa parte das transações feitas pelos consumidores. taxas nas operações, ao contrário do que ocorre com sistemas oferecidos por bancos e operadoras de cartão de crédito.

O Simple, diz Meira, tende a ser mais sedutor para o usuário pois, além de mais econômico, oferece características como controle de gastos e emite avisos quando o usuário extrapola suas metas individuais de economia.

Outro exemplo citado por Meira é o software Klarna, sistem que gera boletos digitais para pagamentos. O Klarna já tem 4 mil clientes e dispensa inteiramente bancos e cartões de débito ou crédito, além de não cobrar tarifa nas transações. Outro app citado por Meira foi o serviço Dwolla, que permite transações de até US$10 via Facebook, Twitter ou e-mail sem nenhuma cobrança adicional. Este serviço conta com 100 mil clientes.

Chistian Costa-Info

Os profissionais mais escassos no Brasil e no mundo


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O descompasso entre demanda e oferta de profissionais qualificados não está tirando o sono apenas dos recrutadores brasileiros. Em todo globo, 34% das companhias admitem que estão tendo problemas para preencher vagas, segundo levantamento do Manpower Group.

Mas não há motivos para comemorar. O Brasil é o segundo país que mais sofre com a escassez de profissionais qualificados. Aqui, 71% das empresas estão padecendo com este problema. No Japão, primeiro colocado na lista, a questão afeta 81% dos empregadores.

E, surpresa, no Brasil, os engenheiros não são os mais difíceis de encontrar. Eles perdem para os profissionais super especializados de nível técnico e trabalhadores de serviços manuais, como eletricista, carpinteiro e encanador, por exemplo.

Nas Américas, os engenheiros ainda são os principais moscas brancas (ou aquele tipo profissional que de tão especializado (e demandado) raramente está disponível no mercado). No mundo, eles estão na segunda posição entre os profissionais mais raros. Motivo? O ensino básico de muitos países ainda deixa a desejar nos currículos da área de exatas.

Talita Abrantes-Exame

Profissionais que usam as redes sociais são mais promovidos, segundo estudo


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Redes sociais são vistas como vilãs que roubam tempo por muita gente. Um estudo feito pelo Google, porém, chega para questionar esse mito. Segundo dados levantados na Europa, usar site como Facebook, Twitter, LinkedIn e Google+ pode determinar o crescimento na sua carreira.

De acordo com o levantamento, 86% dos entrevistados que eram usuários frequentes dessas redes haviam sido promovidos recentemente. Entre os que raramente usavam essas mídias, apenas 61% tiveram uma promoção no trabalho.

Subir na hierarquia, contudo, não é a única vantagem de quem usa redes sociais. Os usuários deste tipo de site são mais otimistas com relação ao seu trabalho (72% dizem que provavelmente serão promovidos, mas apenas 39% dos que não são usuários das redes sociais pensam da mesma maneira) e são mais felizes profissionalmente. Segundo os dados do Google, 38% dos entrevistados que acessam redes sociais para o trabalho se dizem muito satisfeitos com o emprego – contra 18% dos não usuários. Eles também têm mais chances de recomendar seu ambiente de trabalho para amigos: são 64% contra 42%.

Amanda Previdelli-Exame

Os riscos de falar demais no trabalho



Regra básica para ter uma carreira promissora? Comunique-se bem. Sim, isso mesmo. Independente do cargo ou setor de atuação, saber se expressar de uma maneira objetiva e clara é essencial para emplacar ideias, convencer clientes e, principalmente, liderar.

Mas, atenção, comunicar-se bem não é sinônimo de falar demais. E é exatamente nesta confusão de conceitos que estão alguns dos mais sérios pecados corporativos de muita gente por aí. Seja por um traço de personalidade ou por pura falta de senso, muitos profissionais dão corda demais para a mania de ser prolixo e, acabam, colocando a própria carreira em risco.

Talita Abrantes-Exame

Hoje é o Dia Nacional do Teste do Pezinho


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Este dia 6 de junho pode passar despercebido para muita gente. Mas certamente 3.731 pessoas espalhadas pelo território de Minas Gerais irão se lembrar do Dia Nacional do Teste do Pezinho, exame que possibilita o diagnóstico precoce de hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria, doença falciforme e fibrose cística. Em todo o estado, os portadores dessas doenças são acompanhados pelo Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico da Faculdade de Medicina da UFMG (Nupad). Graças ao diagnóstico prematuro, os sintomas podem ser amenizados e muitos dos mais de 3 mil pacientes levam uma vida normal.

Teste do pezinho é o apelido dado ao exame de triagem neonatal, justamente porque consiste na coleta de uma gota de sangue do calcanhar do neném. Este procedimento é realizado nas unidades de saúde de cada município, sempre no quinto dia de vida da criança, quando também são feitas a pesagem, medição e aplicação da vacina BCG. O Dia Nacional do Teste do Pezinho foi instituído pelo Governo Federal e é comemorado desde 2008. A data busca reforçar a necessidade do exame para todos os recém-nascidos e estimular a conscientização da população brasileira para a importância do diagnóstico precoce e do trabalho de acompanhamento dos bebês enfermos.
Marcos Borato Viana, professor da Faculdade de Medicina e coordenador acadêmico do Nupad, explica que o hipotireoidismo congênito e a fenilcetonúria, na ausência do tratamento, têm como consequência o retardo mental. A fibrose cística, por sua vez, causa danos ao pulmão e pode levar à morte por insuficiência antes dos 10 anos. Já a doença falciforme, se o início do tratamento for tardio, também tem consequências sérias. Daí a importância do diagnóstico precoce. “O Nupad atende a todos os municípios de Minas Gerais e é responsável por analisar o sangue coletado na triagem neonatal. São cerca de 23 mil bebês por mês”, ressalta Marcos Borato. O resultado laboratorial sai em dois dias.


Qualidade e pioneirismo

                                 

De acordo com Marcos Borato, o Nupad utiliza as técnicas mais recomendadas sob o ponto de vista da literatura científica moderna e realiza o melhor tipo
de exame possível. “É o segundo maior programa do mundo, atrás apenas de um estado americano, mas ambos se equiparam em termos de qualidade”, diz o professor, ressaltando a importância de não apenas diagnosticar, mas também de acompanhar o tratamento dos pacientes.

Marcos Borato explica que após a primeira análise laboratorial, caso exista suspeita de doença, o exame deve ser repetido. O segundo teste é agendado pelo próprio Nupad e realizado por seus parceiros. “No caso da anemia falciforme, quem atende é a Hemominas. No Hospital das Clínicas são atendidos os casos suspeitos de hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria e fibrose cística, em seus ambulatórios específicos.”, indica.
O Ministério da Saúde implantou o Programa Nacional de Triagem Neonatal em 2001, mas já em 1993 o Nupad realizava exames de hipotireoidismo congênito e fenilcetonúria, o que garantiu o pioneirismo de Minas Gerais. Cinco anos mais tarde, incluiu o diagnóstico de doença falciforme, vinculado à Secretaria de Saúde do Estado. Quando surgiu o programa do Ministério da Saúde, passou a ser financiado por recursos federais.

 Fernanda Campos-medicina.ufmg