quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

PB registra 314 casos de dengue em 2011

PB registra 314 casos de dengue em 2011
Campanha - No próximo dia 18, será lançada uma programação especial de combate à doença em Patos e JP
A população do município de Barra de Santa Rosa, na microrregião do Curimataú paraibano, é a que tem o maior risco de adoecer em decorrência da dengue. Este ano já foram registrados 46 casos, conforme informações contidas no Boletim Epidemiológico divulgado ontem pela Secretaria Estadual de Saúde (SES). Em toda a Paraíba são 314 ocorrências da doença. No quadro de risco, João Pessoa aparece em seguida, com 30 casos. Patos, no Sertão, é o terceiro município com o maior risco da doença e já registrou 28 casos no período analisado. 
O boletim revela ainda que os moradores de Sousa, Teixeira e Guarabira, também estão em risco. Foram registrados, respectivamente, 27, onze e dez casos de dengue nesses municípios. “O boletim traz as ações do mês de fevereiro e o diagrama de controle e o risco da doença, considerando a proporção entre o número de registros e a população”, explicou a gerente-executiva de Vigilância em Saúde, Júlia Vaz. O objetivo principal da secretaria é desenvolver ações para reduzir os números no Estado. Dentre os municípios citados anteriormente, João Pessoa é o que apresenta menor risco da população adoecer, por possuir o menor coeficiente. 
Já em Barra de Santa Rosa, segundo a secretaria, a incidência da dengue é de 346,7 casos para cada 100 mil habitantes, “bem acima do valor considerado ideal pelo Ministério da Saúde (MS), que é de 100 casos a cada 100 mil habitantes”. Sendo assim, a escala de risco entre os seis municípios é o seguinte: Barra de Santa Rosa, Teixeira, Sousa, Patos, Guarabira e João Pessoa. “O intuito é combater o mais rápido possível a dengue, mas para isso precisamos da colaboração da sociedade, que pode ajudar com medidas simples”, afirmou a gerente. 
O diagrama de controle mostra que a quantidade de casos registrados este ano na Paraíba está acima da média esperada. O diagrama é importante para monitorar a doença e detectar precocemente onde há risco de epidemia. “Hoje o maior risco é no município de Barrra de Santa Rosa”, destacou Júlia. Nas quatro primeiras semanas do ano, 314 casos de dengue foram notificados no Estado. “Nem sempre o espaço que possui o maior número de casos é aquele que oferce o maior risco, portanto, o risco está diretamente ligado à população exposta”, relatou. 
Entre as ações programadas pela secretaria para o mês de fevereiro estão a visita aos municípios de João Pessoa, Campina Grande, Guarabira, Patos e Cajazeiras, para avaliar a capacidade de resposta para a descentralização da sorologia para a dengue; construção de um plano de contingência nos 16 municípios prioritários; instituir o comitê estadual para enfrentamento da doença; e visita a Barra de Santa Rosa para assessoria técnica. No próximo dia 18, será lançada uma programação de combate à dengue em João Pessoa e em Patos
Adotando medidas simples em casa, a população pode ajudar no combate à doença. Entre as orientações estão: não deixar água acumulada em calhas, lajes e outros objetos; manter sacos de lixo fechados e fora do alcance de animais até o recolhimento pelo serviço de limpeza; encher de areia a borda dos pratinhos dos vasos de plantas; remover folhas e galhos que impeçam a água de correr pelas calhas. 
A dengue é uma doença infecciosa que possui quatro tipos e é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado. As epidemias, segundo o Ministério da Saúde, ocorrem principalmente no período do verão. Há dois tipos de dengue: a clássica e a hemorrágica (mais grave). Na Paraíba, o primeiro caso suspeito da dengue hemorrágica foi registrado no início deste mês, no município de Serra Branca. 
Na dengue clássica, os sintomas são febre alta com duração variando entre dois e sete dias, dor de cabeça, dor no corpo e nas articulações, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas pelo corpo. Os sintomas da dengue hemorrágica são dores fortes e contínuas na barriga, vômitos persistentes, sangramento pelo nariz, boca e gengivas, sede excessiva e boca seca.

Por: Valéria Sinésio

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