sábado, 9 de abril de 2011

Justiça diz que greve dos médicos é legal e paralisação chega ao 6º dia

Patos: categoria para por equiparação salarial

Os moradores de Patos e de mais 40 cidades polarizadas pelo município, no Sertão do Estado, que precisam de atendimento médico nos hospitais Regional Janduhy Carneiro, na Maternidade Peregrino Filho, e no Hospital Infantil Noaldo leite, estão enfrentando desde ontem uma realidade preocupante. Os cerca de 80 médicos, de diversas especialidades que atendem nas unidades, resolveram cruzar os braços pedindo equiparação salarial com os profissionais que trabalham em hospitais públicos de Campina Grande e João Pessoa. 

A decisão foi tomada em assembleia, pelos integrantes da Cooperativa dos Médicos Urgentistas do Interior da Paraíba. De acordo com a entidade, com a paralisação os médicos patoenses só estão atendendo desde ontem casos de urgência e emergência e que tenham riscos de vida. Os profissionais alegam que recebem em média R$ 400 por plantão a cada 12 horas; enquanto que médicos realizariam trabalho semelhante em Campina e na capital e receberiam cerca de R$ 1,2 mil pelo mesmo período de tempo.  
“Desde hoje nós só estamos atendendo a riscos de vida. E iremos fazer isso por dez dias. Caso não seja atendida nossa reivindicação, que é a isonomia nos plantões, vamos entregar todos os plantões extras e ficarão atendendo somente nos hospitais os médicos concursados, que representam 30% do efetivo. Esse movimento teve início já há sessenta e oito dias, quando foi entregue um documento solicitando soluções para esse problema. E agora só voltaremos ao trabalho normal depois que nossas reivindicações forem atendidas”, explicou Jânio Rolim, presidente da cooperativa. 
Apenas no Hospital Regional, que atende o maior número de pacientes na cidade, são realizados por mês cerca de 16 mil atendimentos e 300 cirurgias. Com a paralisação, conforme o diretor da unidade, médico Eliseu de Melo, os atendimentos devem ser reduzidos pela metade. “Os casos de urgência em que há riscos de vida para os pacientes estão sendo atendidos. Por isso o movimento não causa tanto impacto para a população. A secretaria está negociando com os profissionais e certamente vai chegar a um consenso”, ressalvou o diretor.  (João Paulo Medeiros)


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