terça-feira, 19 de abril de 2011

BC sinaliza que ciclo de alta da juros continuará

A menos de uma semana da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, sinalizou que o ciclo de aumento da Selic - a taxa básica de juros do país, a partir da qual todas as demais são formadas - não terminará tão cedo quanto imagina o mercado.
- Estamos no meio de um ciclo de aperto monetário. Já subimos os juros (...) e temos adiante mais trabalho a fazer.
Em palestra em um seminário sobre as perspectivas econômicas para a América Latina, promovido pelo Brookings Institution, Tombini disse também que é "dever" do BC "assegurar a estabilidade financeira e a inflação dentro da meta".
Ele explicou ainda sua preocupação com os riscos inflacionários e com uma futura instabilidade financeira, decorrentes da intensa entrada de dólares no Brasil. O compromisso do BC, a rigor, é fazer a inflação ficar em 4,5% em 2012 - o que significa derrubar o indicador que atualmente está perto de 6,5%.
O centro da meta definida pelo Banco Central é de 4,5%. O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo, usado pelo BC para controlar a inflação), no entanto, pode variar em uma margem de dois pontos percentuais, para cima ou para baixo. Ou seja, ela terá sido atingida se o indicador ficar entre 2,5% e 6,5%. 
A maioria dos analistas independentes prevê alta de 0,5 ponto porcentual - de 11,75% para 12,25% ao ano - como a última alta do período pós-crise internacional.

Tombini indicou ainda que o BC e o Ministério da Fazenda já estão se preparando para um período de saída de capitais, motivado pelo aumento dos juros nos Estados Unidos e na Europa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário