quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Volume de crédito do BNDES cresce 120% e alcança os R$ 260,9 milhões

As micro, pequenas e médias empresas paraibanas lideraram a demanda de crédito no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) no ano passado. O desembolso chegou a R$ 260,9 milhões, alta de 120,1% em relação ao ano anterior, desempenho bem superior quando considerado a média de crescimento do Estado de todos os portes de empresas (30,1%).

Com ausência de demanda de grandes projetos no BNDES, a Paraíba amargou em 2010 a última colocação entre os estados do Nordeste quando somado o desembolso total (R$ 482,1 milhões). No ranking da Região, Bahia (R$ 4,7 bilhões), Pernambuco (R$ 4,2 bilhões), Ceará (R$  3,5 bilhões) e Maranhão (R$ 1,3 bilhão) lideraram o volume de crédito no banco de fomento, representando quase 80% do financiamento ao Nordeste (R$ 17,2 bilhões). 
No número de operações, as micro, pequenas e médias empresas também mostraram maior concentração. Das 5,1 mil operações, as empresas de pequeno porte foram responsáveis por 93,9% do total (4,8 mil). O uso mais ampliado do Cartão do BNDES foi um dos principais responsáveis pela crescimento das operações.  
Já os setores que mais efetivaram empréstimo foram o industrial (R$ 215,3 milhões), infra-estrutura (R$ 143,2 milhões), comércio e serviços (R$ 111,6 milhões), enquanto a agropecuária, o menor, (R$ 11,9 milhões). 
Para o presidente da Federação da Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep-PB), Buega Gadelha, o “resultado foi compensador pelo objetivo traçado pela entidade em 2010. Trouxemos os técnicos do BNDES às diversas região da Paraíba para disseminar o crédito para as micro, pequenas e médias empresas porque a grande já sabe o caminho e encontra mais facilidade. A informação é fundamental nesse momento, por isso lançamos o ‘Balcão do BNDES’ e levamos técnicos do banco de fomento para o contato direto com empresários nas cidades do Sertão como Patos e Sousa, além de João Pessoa e Campina Grande. Não é à toa que as pequenas e médias empresas concentraram 93% das operações contratadas em 2010 e cresceram 120% no desembolso. Os números mostram que a campanha e a s visitas   surtiram efeito. O Cartão do BNDES, por exemplo, foi multiplicado”, explicou.
Para Buega, a última colocação da Paraíba no desembolso foi “por ausência de apresentação de projetos de grande monta no BNDES. Outros estados da Região estão demandando forte recursos porque estão desenvolvendo projetos estruturantes e atraíram implantação de grandes empresas como Petrobras, em Pernambuco, e Aracruz, no Piauí”, argumentou. 
Já o superintendente do Sebrae Paraíba, Júlio Rafael, diz que o resultado “é alentador para para as micro, pequenas e média empresas, mas podemos crescer mais se houver adequação dos limites do BNDES para considerar pequena empresa (R$ 10 milhões), enquanto o Simples Nacional na Paraíba limita a R$ 1, 8 milhão”.

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