terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

200 pessoas recebiam R$ 1,5 mi; veja esquema

Um esquema de mensalão funcionou na Assembléia Legislativa durante o governo Maranhão III. Todos os meses, os cofres estaduais desembolsavam até R$ 1,5 milhão para bancar gratificações nos contracheques de cerca de 200 pessoas – todas parentes de políticos.
O custo per capita era de aproximadamente R$ 7,5 mil mensais, engordando os vencimentos dos servidores nomeados por deputados.
A denúncia veio a público esta manhã pelo deputado Tião Gomes, que admitiu ter esposa e filhas beneficiadas pela distribuição de gratificações e prometeu divulgar lista com os nomes dos inseridos no esquema.
Gomes defendeu a instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a farra das gratificações – endossando solicitação que também foi feita pelos secretários do governador.
Cortina de fumaça
As revelações reforçam informações ventiladas pela equipe econômica do governador Ricardo Coutinho, em sessão especial realizada semana passada na AL para explicar demissões de prestadores de serviço do Estado.

Para o deputado Gervázio Maia, do bloco da oposição e ex-líder do governador José Maranhão, as denúncias foram montados para encobrir a crise instalada a partir dos desligamentos em massa dos servidores.
“Esse mensalão nunca existiu”, garantiu Maia, antecipando que o bloco de oposição apoiará a instalação de CPI.
“Revelará que estas denúncias não passam de cortina de fumaça”, finalizou.
Adriana Bezerra

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