sábado, 3 de agosto de 2013

Crédito para aeroportos cubanos: Aberração político-ideológica?

reprodução - web

Recentemente, o Governo Federal concedeu um crédito de US$ 176 milhões para Cuba, a fim de que modernizem seus aeroportos. Após a leitura de notícias como essas, é natural que certas dúvidas venham à tona: "Por que especificamente  para Cuba, e não para países que podem precisar mais?"; "Tal capital não poderia estar sendo aplicado para melhorias relevantes para a população brasileira?"; "É ligítimo e razoável prestar apoio a um governo ditatorial?", "Em que medida o interesse brasileiro foi afetado por uma ideologia partidária?", "Poderia ser um meio de favorecer a incursão de simpatizantes ideológicos, em detrimento da população?", "Em que medida tais agentes podem ser, também, políticos, tendo em vista que provêm de um Estado totalitário?", "Qual a situação dos aeroportos brasileiros?", "Quais são os projetos para melhorar nossa infraestrutura aérea?", entre outras.

Talvez esses investimentos sejam uma tentativa de estreitar os laços com Cuba: já somos o sexto maior parceiro comercial do país, além de sermos o principal fornecedor alimentício. Isso demonstra, mais uma vez, que o Governo prefere fazer acordos políticos em detrimento da melhoria das condições de vida da população, que sofre enormemente com a falta de investimento internos eficazes e eficientes. Ainda pior, a conjunção das atividades de política externa pode revelar sub-reptícias intenções.

Uma premiação recente feita polo World airport awards, que mostra os 100 melhores aeroportos do mundo, aponta como melhor o aeroporto o de Changi, em Cingapura. O brasileiro mais qualificado foi o de Guarulhos, no entanto, como já era de se esperar, não estava na lista, não ficando nem ao menos entre os melhores da América do Sul - ficamos atrás dos aeroportos de Lima, Guayaquil e Santiago. Agora, a pergunta é a seguinte: como o Brasil, a sétima maior economia do mundo, com o PIB de US$ 2,42 trilhões e uma invulgar expressão internacional, não tem pelo menos um dentre os três melhores aeroportos da América do Sul - em comparação, por exemplo, com o Peru, que não movimenta mais do que US$ 325,4 bilhões (PIB) e possui o melhor?

Toda essa indagação foi feita, ainda, sem levar em conta que o Aeroporto de Guarulhos necessitou ser privatizado, ou seja, é provável que, se estivesse nas mãos do Estado, estaríamos em ainda piores condições e posições; portanto, se o de Guarulhos foi eleito o melhor do Brasil, seria razoável dar graças à iniciativa privada, ao menos pelo acréscimo qualitativo.

Casos como estes desvelam a dificuldade, por parte do poder público, de organizar e gerir os aeroportos, a qual é visível mesmo aos míopes e frequentemente noticiada pela mídia.

A chegada de grandes eventos no país nos próximos 3 anos demanda uma medida rápida pelo Governo Federal, que, vendo sua incapacidade em melhorar e construir infraestrutura adequada, comaça a transferir essa responsabilidade à iniciativa privada.

Percebe-se que, em certa medida, é a iniciativa privada notoriamente mais bem capacitada para realizar tais tarefas, disto decorrendo os esforços de privatização: Brasília, Campinas e Guarulhos; além da abertura de licitações para privatizar outros: Galeão, no Rio de Janeiro, e de Confins, em Belo Horizonte.

folhapolitica.org

Nenhum comentário:

Postar um comentário