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A seca que destrói lavouras e reduz o rebanho dos agricultores no semiárido, já é considerada a pior dos últimos 30 anos. Hoje, 749 municípios do semiárido estão em estado de emergência. A Bahia enfrenta uma das situações mais graves, com 214 municípios - dos 417 - nessa situação. A Paraíba tem 172, o Rio Grande do Norte, 140 e o Piauí 112. Pernambuco tem 62, Alagoas 28, Sergipe e Ceará 20 cada um. O Maranhão tem um.
Na próxima Quarta-feira, 23, o Governo do estado será transferido para o município de Poço Redondo. De lá o governador Marcelo Déda anunciará medidas para socorrer os sertanejos da longa estiagem.
E o pior de tudo isso que o problema não é de agora, há anos se arrasta essa questão da estiagem no Nordeste. Luiz Gonzaga, rei do baião, em 1953 já fazia música pedindo solução para o problema junto aos políticos, mas, infelizmente, 59 anos se passaram e nada foi feito. Só esmola, paliativos e mais nada.
Vozes da Seca (Zé Dantas e Luiz Gonzaga)
Seu doutô os nordestino têm muita gratidão
Pelo auxílio dos sulista nessa seca do sertão
Mas doutô uma esmola a um homem qui é são
Ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão
É por isso que pidimo proteção a vosmicê
Home pur nóis escuído para as rédias do pudê
Pois doutô dos vinte estado temos oito sem chovê
Veja bem, quase a metade do Brasil tá sem cumê
Dê serviço a nosso povo, encha os rio de barrage
Dê cumida a preço bom, não esqueça a açudage
Livre assim nóis da ismola, que no fim dessa estiage
Lhe pagamo inté os juru sem gastar nossa corage
Se o doutô fizer assim salva o povo do sertão
Quando um dia a chuva vim, que riqueza pra nação!
Nunca mais nóis pensa em seca, vai dá tudo nesse chão
Como vê nosso distino mercê tem nas vossa mãos
Pelo auxílio dos sulista nessa seca do sertão
Mas doutô uma esmola a um homem qui é são
Ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão
É por isso que pidimo proteção a vosmicê
Home pur nóis escuído para as rédias do pudê
Pois doutô dos vinte estado temos oito sem chovê
Veja bem, quase a metade do Brasil tá sem cumê
Dê serviço a nosso povo, encha os rio de barrage
Dê cumida a preço bom, não esqueça a açudage
Livre assim nóis da ismola, que no fim dessa estiage
Lhe pagamo inté os juru sem gastar nossa corage
Se o doutô fizer assim salva o povo do sertão
Quando um dia a chuva vim, que riqueza pra nação!
Nunca mais nóis pensa em seca, vai dá tudo nesse chão
Como vê nosso distino mercê tem nas vossa mãos
Aninha Mendonça
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