segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Diagnóstico precoce pode evitar a cegueira e o câncer em crianças

Visitar o médico é fundamental

Muitos pais desconhecem, mas a maioria dos casos de deficiência visual em crianças, quando diagnosticados precocemente, pode evitar problemas irreversíveis, a exemplo da catarata congênita (uma das principais causas da cegueira infantil), e do retinoblastoma, tumor maligno originário de células da retina, que pode ocasionar até a morte. 
Baixo rendimento escolar, irritação, isolamento, fortes dores de cabeça e falta de concentração, são alguns dos sintomas que devem deixar os pais em alerta, em se tratando de problemas com a visão. Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, mais da metade das crianças com problemas visuais são desatentas, agitadas e têm dificuldades no aprendizado. Ainda de acordo com o conselho, 12% de crianças em idade escolar e pré-escolar precisam usar óculos.
Especialistas afirmam que a visão de cada olho, assim como o desenvolvimento binocular, já se encontra em pleno desenvolvimento a partir dos sete anos de idade. E quando realizado um diagnóstico precoce, pode-se inibir doenças silenciosas, que só são detectadas com o auxílio de profissionais. Pesquisas revelam que 75% dos casos de cegueira poderiam ter sido prevenidos ou tratados com a tecnologia atual.
Conforme ressaltou a oftalmologista Eliane Luiz de Aquino, em Campina Grande, 50% de seus pacientes infantis apresentam problemas na visão. Segundo a oftalmologista, hoje em dia não existe faixa etária para cuidar da saúde do olho. O primeiro passo começa ainda nos primeiros anos de vida, com o “Teste do Olhinho”, precaução que pode livrar a criança até mesmo da morte. “O teste do olhinho é um exame fundamental para o crescimento sadio de qualquer criança. Este exame vai identificar logo nos primeiros meses de vida problemas sérios na visão, como a catarata congênita, o glaucoma congênito, e o principal deles, o retinoblastoma, tipo de câncer que pode levar ao óbito”, destacou.
Ainda de acordo com a médica Eliane Luiz, os casos mais frequentes em crianças são: em primeiro lugar, hipermetropia (dificuldade de ler); miopia (dificuldade de ver à distância; “nesses casos, a criança chega até a se isolar de certas brincadeiras, por não conseguir visualizar com perfeição os objetos”, disse; e em terceiro lugar; o astigmatismo, deficiência para perto e longe, com a distorção da imagem. 
“Às vezes a criança apresenta um comportamento diferente, e os pais, por falta de conhecimento e prevenção, começam a assimilar o problema com outro fator que nada tem a ver com a visão. Muitas mães chegam a achar que é preguiça do filho, falta de interesse, entre tantos outros”, revelou a oftalmologista Eliane Luiz, acrescentando que toda criança antes de entrar na escola, obrigatoriamente, deve ser examinada por um profissional da visão para a realização do diagnóstico precoce.

Por: Ana Dayra Teixeira

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